terça-feira, 11 de fevereiro de 2025

Haddad afirma que retaliação à taxação dos EUA deve aguardar medidas efetivamente implementadas 



O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta segunda-feira que o governo vai esperar "decisões concretas" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, antes de anunciar qualquer resposta a um eventual aumento de tarifas.

Trump disse que anunciará tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. Cerca de 25% do aço usado no país é importado, sendo a maior parte proveniente de países vizinhos, como México e Canadá, ou de aliados na Ásia. Além disso, metade do alumínio utilizado no país também é importado, principalmente do Canadá.

Em 2024, o Brasil foi o segundo maior fornecedor de aço para Estados Unidos, em volume, segundo dados do Departamento de Comércio americano, atrás do Canadá.

Em 2023, os EUA compraram 18% de todas as exportações brasileiras de ferro fundido, ferro ou aço, segundo o governo brasileiro.

"O governo tomou uma decisão de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas, não em anúncios que podem ser mal interpretados, revistos. Então o governo vai aguardar a decisão oficialmente, antes de qualquer manifestação", afirmou Haddad.

Questionado sobre uma eventual retaliação com a taxação das big techs -- em sua maioria, empresas americanas —, Haddad disse que vai aguardar a decisão do presidente Lula depois das "medidas efetivamente implementadas".

No fim de janeiro, o presidente Lula havia adiantado que, se o governo dos EUA criasse ou elevasse qualquer tarifa sobre produtos brasileiros, haveria "reciprocidade" – ou seja, aumento da taxação o Brasil para importar produtos norte-americanos.


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