terça-feira, 5 de março de 2024

 Remuneração do conteúdo jornalístico na internet é defendida por especialistas

Durante audiência pública no Conselho de Comunicação Social para debater a remuneração do conteúdo jornalístico pelas grandes empresas de tecnologia (big techs), foram discutidos os critérios e as estratégias que garantam a sustentabilidade da atividade jornalística e regras mais transparentes na atuação das plataformas e redes sociais. A discussão ocorreu, nessa segunda-feira (4), no Congresso Nacional, em Brasília.


Para a professora da Universidade de Brasília (UnB), Marisa von Bülow, o debate é complexo e envolve questões inter-relacionadas, como quem tem direito a receber a remuneração, qual a definição de jornalismo profissional, o que deveria ser remunerado e quem deve pagar. “Temos uma camada adicional de complexidade que tem a ver com o uso da inteligência artificial, o uso de bancos de dados de jornais para alimentar e treinar aplicativos e modelos de inteligência artificial.”

O presidente da Associação Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, afirmou em participação virtual que o debate sobre a remuneração está relacionado com a liberdade de imprensa e o valor social do jornalismo no combate à desinformação. “Não é liberdade de imprensa pela liberdade de imprensa, mas pelo que ela significa para a estabilidade mundial e para a democracia no planeta.”
O objetivo da audiência pública foi subsidiar o relatório do Conselho sobre projetos de lei que tratam do tema. O documento está sendo elaborado pelos conselheiros.
(Com Agência Senado)

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