Remuneração do conteúdo jornalístico na internet é defendida por especialistas
Durante audiência pública no Conselho de Comunicação Social para debater a remuneração do conteúdo jornalístico pelas grandes empresas de tecnologia (big techs), foram discutidos os critérios e as estratégias que garantam a sustentabilidade da atividade jornalística e regras mais transparentes na atuação das plataformas e redes sociais. A discussão ocorreu, nessa segunda-feira (4), no Congresso Nacional, em Brasília.
Para
a professora da Universidade de Brasília (UnB), Marisa von Bülow, o
debate é complexo e envolve questões inter-relacionadas, como quem
tem direito a receber a remuneração, qual a definição de
jornalismo profissional, o que deveria ser remunerado e quem deve
pagar. “Temos uma camada adicional de complexidade que tem a ver
com o uso da inteligência artificial, o uso de bancos de dados de
jornais para alimentar e treinar aplicativos e modelos de
inteligência artificial.”
O presidente da Associação
Nacional de Jornais (ANJ), Marcelo Rech, afirmou em participação
virtual que o debate sobre a remuneração está relacionado com a
liberdade de imprensa e o valor social do jornalismo no combate à
desinformação. “Não é liberdade de imprensa pela liberdade de
imprensa, mas pelo que ela significa para a estabilidade mundial e
para a democracia no planeta.”
O objetivo da audiência
pública foi subsidiar o relatório do Conselho sobre projetos de lei
que tratam do tema. O documento está sendo elaborado pelos
conselheiros.
(Com Agência Senado)
Nenhum comentário:
Postar um comentário