Militar alvo da Operação Tempus Veritatis pede para depor após outros investigados falarem
O tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira, investigado
pela PF por possível envolvimento na tentativa de golpe de Estado, pediu nesta
quarta-feira (13) para ser ouvido após ter ficado em silêncio no primeiro
depoimento.
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de
Moraes cita na decisão Ronald Ferreira como um dos militares entre os quais
circulavam "documentos relacionados a medidas mais drásticas" a serem
adotadas após o resultado da eleição de 2022.
Em seu primeiro depoimento à PF, Ronald ficou em silêncio.
Após outros investigados decidirem falar com os investigadores, o militar pediu
para depor.
A seguir a nota divulgada pelos advogados do militar: "A
defesa de Ronald Ferreira de Araújo Júnior entende por bem que o mesmo possa,
ainda que com parcial conhecimento dos elementos de investigação, responder aos
questionamentos da Polícia Federal sobre os fatos em tela, em especial sobre
sua relação com o Tenente-Coronel Mauro Cid".
Segundo a defesa do tenente-coronel, o objetivo é
"afastar as especulações de que Ronald tenha tido qualquer tipo de
participação em quaisquer fatos delituosos, notadamente em tentativa de golpe
de Estado ou abolição do Estado Democrático de Direito."
A defesa afirma em nota que ele "nunca questionou
eleições, candidatos ou decisões políticas" e que "não participou, a
qualquer título, dos supostos crimes investigados".
Na investigação, os militares que efetivamente falaram foram: o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Junior.
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