quarta-feira, 13 de março de 2024

 Militar alvo da Operação Tempus Veritatis pede para depor após outros investigados falarem

O tenente-coronel do Exército Ronald Ferreira, investigado pela PF por possível envolvimento na tentativa de golpe de Estado, pediu nesta quarta-feira (13) para ser ouvido após ter ficado em silêncio no primeiro depoimento.

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes cita na decisão Ronald Ferreira como um dos militares entre os quais circulavam "documentos relacionados a medidas mais drásticas" a serem adotadas após o resultado da eleição de 2022.

Em seu primeiro depoimento à PF, Ronald ficou em silêncio. Após outros investigados decidirem falar com os investigadores, o militar pediu para depor.

A seguir a nota divulgada pelos advogados do militar: "A defesa de Ronald Ferreira de Araújo Júnior entende por bem que o mesmo possa, ainda que com parcial conhecimento dos elementos de investigação, responder aos questionamentos da Polícia Federal sobre os fatos em tela, em especial sobre sua relação com o Tenente-Coronel Mauro Cid".

Segundo a defesa do tenente-coronel, o objetivo é "afastar as especulações de que Ronald tenha tido qualquer tipo de participação em quaisquer fatos delituosos, notadamente em tentativa de golpe de Estado ou abolição do Estado Democrático de Direito."

A defesa afirma em nota que ele "nunca questionou eleições, candidatos ou decisões políticas" e que "não participou, a qualquer título, dos supostos crimes investigados".

Na investigação, os militares que efetivamente falaram foram: o tenente-coronel e ex-ajudante de ordens da Presidência, Mauro Cid, o ex-comandante do Exército, general Freire Gomes e o ex-comandante da Aeronáutica, brigadeiro Carlos Baptista Junior.

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