Enel deixou de pagar mais de 800 milhões em impostos
Na oitiva
da CPI da Enel, que ocorreu nesta segunda-feira (11), Heitor Freire, diretor de
Fundos, Incentivo e de Atração de Investimentos da Sudene, apresentou dados
sobre os incentivos fiscais concedidos à Enel para atuação no Ceará. Segundo os
dados apresentados, a empresa deixou de pagar mais de R$ 800 milhões em
impostos nos últimos dez anos, a fim de que a sua instalação fosse
revertida em desenvolvimento no Estado.
"É um
imposto que poderia ser gasto em saúde, infraestrutura, ou seja, em algum
benefício direto para a população, mas voltou para a empresa, e a gente, hoje,
só escutou denúncias e precariedade. [...] São informações que a gente leva de
volta para a nossa autarquia para reavaliar todas essas informações e até mesmo
sugestões de como esses benefícios podem ser fiscalizados, cortados. A gente
está aqui para somar com empregos, incentivos, para que o Nordeste se
desenvolva, e não para que empresas venham lucrar na nossa região sem trazer
benefícios", comentou Freire.
"Além
de não gerar os empregos, porque está precarizando a mão de obra e maltratando
esses trabalhadores, a Enel também está atrapalhando o desenvolvimento do
Ceará, e isso nós ouvimos do setor produtivo aqui, seja nas energias renováveis
ou em quaisquer outras áreas, empresas deixando de ser abertas por conta de
falta de ligação de energia e tantas outras coisas. [...] É estarrecedor ver
que, apesar de todo o mau serviço que ela presta ao povo do estado do Ceará,
ela ainda recebe benefícios dessa natureza", disse Landim.
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