sexta-feira, 2 de fevereiro de 2024

 

Luizianne Lins reúne apoiadores na sede do PT

A deputada ­federal Luizianne Lins (PT), reuniu apoiadores na sede do Partido dos Trabalhadores na Avenida da Universidade, em Benfica, Fortaleza, para realizar uma plenária de fortalecimento da sua pré-candidatura na capital cearense.

Cerca de 800 pessoas participaram do momento, entre eles, militantes, apoiadores e pré-candidatos às prefeituras de alguns municípios do Ceará e também à Câmara Municipal de Fortaleza.
Durante a solenidade, o público cantou músicas de apoio a candidatura da deputada como “Agora o L, é de Luizianne” e “A juventude agora tem certeza, é Luizianne prefeita de Fortaleza”. Apoiadores políticos também marcaram presença como a vereadora Adriana Almeida (PT), o superintendente do Ibama no Ceará, Deodato Ramalho e o secretário de Articulação Política do Governo do Ceará, Waldemir Catanho.
Luizianne, por sua vez, declarou: “Não estamos precisando de gente nova para fazer hora com nosso partido. Precisamos eleger quem já é nosso”.
O Jornal O Estado conversou com Luizianne Lins logo após a plenária.

OE. Luizianne, o que você acha da gestão do Prefeito Sarto?
LL. Tanto do Sarto, mas também, como do Roberto Cláudio… Eu acho que foram gestões que não dialogam com o coração e com a alma da cidade. Eu acho, assim, a sensação que eu tenho é que existe um estranhamento do atual gestor. (…) Se chegar a alguns setores da cidade, as pessoas estão muito insatisfeitas, principalmente quem precisa do poder público, quem precisa da escola pública, quem precisa do transporte público, quem precisa do posto de saúde. Essas pessoas, elas estão muito insatisfeitas porque elas estão vendo que as coisas não avançaram, elas foram desconstruídas e começou na gestão, Roberto Cláudio.
OE. O prefeito Sarto tem enfrentado críticas em relação à gestão, uma delas diz respeito à taxa de lixo. O que você faria?
LL. Encaro esses problemas como encarei na minha última gestão como prefeita. Um dos quesitos mais bem avaliados do nosso governo era a limpeza pública. A gente fez questão de fazer essa diferença. E não precisamos cobrar a taxa do lixo…Até porque a cidade não está mais limpa, porque tem a taxa do lixo não, viu? Eu quero dizer que quando eu vejo a cidade surgir aqui na zona nobre, eu imagino como é que ela está na periferia. Quando eu chego na periferia, eu fico assustada. Então assim, a taxa do lixo não serve nem para limpar a cidade, é o que eu estou vendo. Não precisamos da taxa do lixo, a cidade era muito mais limpa antes do que está hoje.
OE. O governador do Ceará, Elmano de Freitas, tem demonstrado algum apoio para a sua candidatura?
LL. Bom, o Elmano está agora em uma missão muito difícil, árdua, que é de governar. Então, a gente tem até evitado. Isso puxou essa discussão para 2024, exatamente porque assim, no início de governo não é uma coisa simples você construir uma base para governar na Assembleia, né? Eu digo isso porque eu já fui prefeita, eu sei como a gente precisa consolidar a chamada governabilidade. Então a gente tem deixado o Elmano mais livre nesse processo, ou seja, para ele, nesse momento, o desafio é governar o Ceará, então eu imagino que a gente está deixando por enquanto ele quieto e acho que ele vai ter um papel importante na definição do nome no futuro próximo.
OE. Luizianne, com o presidente Lula, você tem conversado com ele sobre a prefeitura de Fortaleza?
LL. O Lula está sabendo o que está acontecendo aqui, eu tenho encontrado com ele, tem dito que quer conversar e creio que agora na retorno do trabalho que Congresso volta a funcionar dia 5, a Câmara dia 6 e certamente nós vamos ter uma conversa porque tá todo mundo começando a, de uma certa forma, acompanhar como é que tá aqui o processo. É uma das poucas capitais que ainda não tem definição do nome do PT para disputar as eleições.
OE. Como você vê o clima dentro do PT sobre a negociação da prefeitura de Fortaleza? Ela está avançando?
LL. Quando a gente transferiu para 2024 essa discussão, objetivamente não era realizado esse debate no ano passado. Havia discussões isoladas ou pessoas vindo para o PT como aconteceu recentemente. Então eu acho que o debate real está acontecendo agora! Essa plenária foi um exemplo claro disso, como as pessoas estão querendo discutir, estão querendo participar do processo e isso é o PT. É exatamente essa junção de pessoas que querem fazer a sua própria história, que querem construir seus próprios caminhos… Então eu acho que está avançando no sentido de que as coisas estão ficando mais claras. Os outros pré-candidatos também também estão dialogando com outras pessoas, com outras forças e tudo, então acho que o momento é esse, nós estamos fazendo esse debate agora, então tá avançando porque a gente precisa definir! Temos o prazo, até o dia 15 de março. O PT vai tomar a decisão de como vai ser esse processo de escolha… Se vai ser através de encontro, se vai ter prévia partidária, se vai ter um grande acordo e vai ter um certo consenso ou não vai, então acho que agora é que nós estamos fazendo essa discussão.
OE. E em alguma situação você estaria disposta em abrir mão da sua candidatura?
LL. Essa candidatura nem minha mais é, ela é uma candidatura que transcende, você viu aí as pessoas que vieram, eu não tô fechada nunca pra debater. Essa visão de que a Luizianne que não dá debate, não existe essa Luizianne! A Luizianne sempre foi uma pessoa que gosta de sentar, sempre foi um ser coletivo, sempre vim de processos coletivos, toda a minha história no PT é construída assim (…) a minha história da minha vida se confunde muito com a história também do PT, então eu creio que a gente vai discutir sempre, a gente vai debater sempre, a gente está discutindo e eu acho que quando a gente está num processo desse a gente não pode falar, a gente pode dizer que está aberto para todos os diálogos possíveis, mas a gente também está preparado para a gente colocar o debate do jeito que a gente acredita que ele deve ser colocado. De forma democrática, transparente. O PT não é um partido que toma decisão que três ou quatro decide quem é o candidato… Não! O PT é isso aqui que a gente viu hoje, essas 800 pessoas envolvidas, vibrando, militantes, pessoas que acreditam que vale a pena lutar. Então é por aí que eu vou!

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