Luizianne Lins reúne apoiadores na sede do PT
A deputada federal Luizianne Lins (PT), reuniu apoiadores na sede do Partido dos Trabalhadores na Avenida da Universidade, em Benfica, Fortaleza, para realizar uma plenária de fortalecimento da sua pré-candidatura na capital cearense.
Cerca de 800 pessoas
participaram do momento, entre eles, militantes, apoiadores e
pré-candidatos às prefeituras de alguns municípios do Ceará e
também à Câmara Municipal de Fortaleza.
Durante a solenidade,
o público cantou músicas de apoio a candidatura da deputada como
“Agora o L, é de Luizianne” e “A juventude agora tem certeza,
é Luizianne prefeita de Fortaleza”. Apoiadores políticos também
marcaram presença como a vereadora Adriana Almeida (PT), o
superintendente do Ibama no Ceará, Deodato Ramalho e o secretário
de Articulação Política do Governo do Ceará, Waldemir
Catanho.
Luizianne, por sua vez, declarou: “Não estamos
precisando de gente nova para fazer hora com nosso partido.
Precisamos eleger quem já é nosso”.
O Jornal O Estado
conversou com Luizianne Lins logo após a plenária.
OE.
Luizianne, o que você acha da gestão do Prefeito Sarto?
LL.
Tanto do Sarto, mas também, como do Roberto Cláudio… Eu acho que
foram gestões que não dialogam com o coração e com a alma da
cidade. Eu acho, assim, a sensação que eu tenho é que existe um
estranhamento do atual gestor. (…) Se chegar a alguns setores da
cidade, as pessoas estão muito insatisfeitas, principalmente quem
precisa do poder público, quem precisa da escola pública, quem
precisa do transporte público, quem precisa do posto de saúde.
Essas pessoas, elas estão muito insatisfeitas porque elas estão
vendo que as coisas não avançaram, elas foram desconstruídas e
começou na gestão, Roberto Cláudio.
OE.
O prefeito Sarto tem enfrentado críticas em relação à gestão,
uma delas diz respeito à taxa de lixo. O que você faria?
LL.
Encaro esses problemas como encarei na minha última gestão como
prefeita. Um dos quesitos mais bem avaliados do nosso governo era a
limpeza pública. A gente fez questão de fazer essa diferença. E
não precisamos cobrar a taxa do lixo…Até porque a cidade não
está mais limpa, porque tem a taxa do lixo não, viu? Eu quero dizer
que quando eu vejo a cidade surgir aqui na zona nobre, eu imagino
como é que ela está na periferia. Quando eu chego na periferia, eu
fico assustada. Então assim, a taxa do lixo não serve nem para
limpar a cidade, é o que eu estou vendo. Não precisamos da taxa do
lixo, a cidade era muito mais limpa antes do que está hoje.
OE.
O governador do Ceará, Elmano de Freitas, tem demonstrado algum
apoio para a sua candidatura?
LL.
Bom, o Elmano está agora em uma missão muito difícil, árdua, que
é de governar. Então, a gente tem até evitado. Isso puxou essa
discussão para 2024, exatamente porque assim, no início de governo
não é uma coisa simples você construir uma base para governar na
Assembleia, né? Eu digo isso porque eu já fui prefeita, eu sei como
a gente precisa consolidar a chamada governabilidade. Então a gente
tem deixado o Elmano mais livre nesse processo, ou seja, para ele,
nesse momento, o desafio é governar o Ceará, então eu imagino que
a gente está deixando por enquanto ele quieto e acho que ele vai ter
um papel importante na definição do nome no futuro próximo.
OE.
Luizianne, com o presidente Lula, você tem conversado com ele sobre
a prefeitura de Fortaleza?
LL. O Lula está sabendo o que está
acontecendo aqui, eu tenho encontrado com ele, tem dito que quer
conversar e creio que agora na retorno do trabalho que Congresso
volta a funcionar dia 5, a Câmara dia 6 e certamente nós vamos ter
uma conversa porque tá todo mundo começando a, de uma certa forma,
acompanhar como é que tá aqui o processo. É uma das poucas
capitais que ainda não tem definição do nome do PT para disputar
as eleições.
OE.
Como você vê o clima dentro do PT sobre a negociação da
prefeitura de Fortaleza? Ela está avançando?
LL.
Quando a gente transferiu para 2024 essa discussão, objetivamente
não era realizado esse debate no ano passado. Havia discussões
isoladas ou pessoas vindo para o PT como aconteceu recentemente.
Então eu acho que o debate real está acontecendo agora! Essa
plenária foi um exemplo claro disso, como as pessoas estão querendo
discutir, estão querendo participar do processo e isso é o PT. É
exatamente essa junção de pessoas que querem fazer a sua própria
história, que querem construir seus próprios caminhos… Então eu
acho que está avançando no sentido de que as coisas estão ficando
mais claras. Os outros pré-candidatos também também estão
dialogando com outras pessoas, com outras forças e tudo, então acho
que o momento é esse, nós estamos fazendo esse debate agora, então
tá avançando porque a gente precisa definir! Temos o prazo, até o
dia 15 de março. O PT vai tomar a decisão de como vai ser esse
processo de escolha… Se vai ser através de encontro, se vai ter
prévia partidária, se vai ter um grande acordo e vai ter um certo
consenso ou não vai, então acho que agora é que nós estamos
fazendo essa discussão.
OE.
E em alguma situação você estaria disposta em abrir mão da sua
candidatura?
LL.
Essa candidatura nem minha mais é, ela é uma candidatura que
transcende, você viu aí as pessoas que vieram, eu não tô fechada
nunca pra debater. Essa visão de que a Luizianne que não dá
debate, não existe essa Luizianne! A Luizianne sempre foi uma pessoa
que gosta de sentar, sempre foi um ser coletivo, sempre vim de
processos coletivos, toda a minha história no PT é construída
assim (…) a minha história da minha vida se confunde muito com a
história também do PT, então eu creio que a gente vai discutir
sempre, a gente vai debater sempre, a gente está discutindo e eu
acho que quando a gente está num processo desse a gente não pode
falar, a gente pode dizer que está aberto para todos os diálogos
possíveis, mas a gente também está preparado para a gente colocar
o debate do jeito que a gente acredita que ele deve ser colocado. De
forma democrática, transparente. O PT não é um partido que toma
decisão que três ou quatro decide quem é o candidato… Não! O PT
é isso aqui que a gente viu hoje, essas 800 pessoas envolvidas,
vibrando, militantes, pessoas que acreditam que vale a pena lutar.
Então é por aí que eu vou!
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