“Definição será democrática”, diz Camilo sobre candidatura do PT
O
ministro da Educação e ex-governador do Ceará Camilo Santana (PT)
afirmou que a definição sobre a candidatura do PT nas eleições
para a Prefeitura de Fortaleza será “democrática”. Uma das
principais lideranças do partido, Camilo deverá ter influência
sobre o processo de escolha do nome que irá representar o PT no
pleito deste ano. Depois de participar do ato de filiação do
senador Cid Gomes ao PSB no último domingo (5), o petista falou com
a imprensa e foi questionado sobre o impasse na capital.
Em
Fortaleza, o PT tem cinco pré-candidatos: o presidente da Assembleia
Legislativa, deputado estadual Evandro Leitão; a deputada federal
Luizianne Lins; a deputada estadual Larissa Gaspar; o deputado
estadual Guilherme Sampaio e o assessor especial de Assuntos
Municipais do Ceará Artur Bruno. O Diretório Municipal do PT deixou
para definir quem será o candidato até março.
“Ninguém é
dono do PT, ninguém é dono de candidatura. Tudo será discutido de
forma democrática, no debate”, disse o ministro. “O que eu tenho
defendido é que é importante garantir o projeto político do Ceará
e dos municípios cearenses. Não é um projeto pessoal de ninguém.
É um projeto de País, do Brasil, liderado pelo presidente Lula, e é
um projeto de Estado liderado hoje pelo governador Elmano de Freitas,
para dar continuidade ao trabalho que eu liderei como governador e o
governador Cid antes de mim. Portanto, esse é o nosso compromisso. E
vamos discutir. Queremos mudanças na capital cearense, para que o
prefeito ou prefeita esteja alinhado com o projeto do Governo do
Estado e com o projeto para o Brasil do presidente Lula. Quem ganha
com isso é o povo de Fortaleza”.
Camilo lembrou que há cinco
nomes em discussão no PT para representar esse “projeto” na
capital cearense. Questionado sobre a definição por meio de
prévias, ele ressaltou que o processo de escolha é do diretório do
partido, mas destacou a participação de partidos aliados do PT
nesse processo, em especial aqueles que estão na base do Governo do
Estado.
“Vamos ter que ouvir o partido e ouvir os partidos
aliados. Ninguém constrói uma aliança sozinho. Precisa ter os
partidos aliados para discutir os nomes e o que os outros partidos
oferecem também de nome para que a gente possa escolher o candidato
a prefeito ou prefeita e vice que possa representar esse projeto”,
afirmou.
Questionado se tem tido diálogo com os pré-candidatos
do seu partido, Camilo evitou declarar preferências, alegando que
tem se dedicado a contribuir com o governo do presidente Lula como
ministro da Educação. “Enfim, nós trabalhamos muito e vamos
discutir política no momento certo”.
Entre os cinco
pré-candidatos do PT, a disputa principal está entre Evandro e
Luizianne. Enquanto Evandro é um antigo aliado de Camilo e tem seu
apoio, Luizianne tem tido atritos com o ministro, dando declarações
à imprensa que demonstram certa distância entre os dois.
Avaliação
de Cid
O senador Cid Gomes também falou do cenário eleitoral
em Fortaleza em entrevista coletiva após sua filiação ao PSB. Para
Cid, não seria bom “um partido só com as três principais
posições”, referindo-se ao fato de o PT já ocupar a Presidência
da República, o Governo do Ceará e podendo ocupar a Prefeitura de
Fortaleza, caso sua candidatura saia vitoriosa nas eleições
municipais em outubro.
“Não acho que é certo você querer
tudo, ser dono de tudo. Nessa mesma lógica, eu já disse
publicamente. É o que penso. Não é bom para política, não é
especificamente o PT, não é bom para a política do Ceará, que nos
últimos anos tem sido uma política que várias forças se somam,
ter uma força só, um partido só com as três principais posições”,
disse. “O que eu desejo para Fortaleza é isso, que a gente veja
uma nova liderança, com gás, energia e que dê uma movimentada na
cidade”.
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