Assembleia aprova reforços na inteligência da segurança pública
No
retorno aos trabalhos após o Carnaval, a Assembleia Legislativa do
Estado do Ceará (Alece) aprovou nessa quinta-feira (15) uma série
de matérias enviadas pelo Poder Executivo, entre elas, o projeto de
lei nº 5/2024 que busca “fortalecer” a Inteligência da
Segurança Pública no Estado, promovendo uma reestruturação no
sistema.
A medida altera a lei nº 14.282/2008, que criou o
Sistema Estadual de Inteligência de Segurança Pública e Defesa
Social do Estado do Ceará (Seisp).
As mudanças propostas pelo
novo texto incluem valorizar os profissionais da área, criar novas
agências, regulamentar o subsistema e ampliá-lo com a sua
interiorização, bem como elevar os valores e o número de
profissionais habilitados para atuar no serviço de inteligência em
todas as forças policiais do Estado, “tudo em prol da eficiência
do combate ao crime organizado e da criminalidade em geral”.
Na
mensagem enviada ao Poder Legislativo, o governador Elmano de Freitas
(PT) afirma que o investimento na segurança pública e em políticas
voltadas ao enfrentamento do crime é uma prioridade do Governo do
Estado na sua administração.
“Os bons resultados nessa área
passam obrigatoriamente por investimentos não só em ações
ostensivas mas também em serviços de inteligência, que procurarão
dar os subsídios necessários a fim de que as forças de segurança
possam investigar e combater os crimes de forma mais ágil e eficaz,
dando à sociedade a resposta esperada”, diz no texto.
Elmano
tem dado bastante atenção à questão da segurança pública, que
foi o tema do seu primeiro compromisso oficial em 2024. Em janeiro,
ele adiantou que haveria mudanças na estratégia de segurança
pública e que enviaria matéria para a Alece com alterações para a
área de inteligência do Estado.
Gratificações
Quanto à
valorização dos profissionais da inteligência do Estado, a nova
lei aprovada ontem eleva o quantitativo e o valor das gratificações
por exercício da atividade para os servidores civis e militares.
Serão 791 postos dedicados à função: 41 de nível estratégico;
270 de nível tático operacional; 440 de nível tático operacional
de subagência e 40 de nível estratégico de subagência.
A
gratificação para os agentes do nível estratégico ficará em R$
1.900 e para os agentes do nível tático operacional passará a ser
de R$ 1.400. Já no caso de agentes de níveis estratégicos de
subagência a gratificação ficará no valor de R$ 950 e para
agentes de nível tático operacional de subagência em R$ 700. São
contemplados profissionais da Polícia Civil, da Polícia Militar e
do Corpo de Bombeiros.
Pela nova lei, a gratificação em
questão não poderá ser incorporada como vantagem de qualquer
espécie, ficando vedada a sua acumulação com outra gratificação
de igual denominação ou com a mesma finalidade. Além disso, por
meio de decreto, o Governo do Estado irá estabelecer como será
feita a distribuição dessas gratificações, o canal técnico de
informações entre agências e subagências de inteligência, bem
como as regras para o recrutamento dos agentes.
A matéria ainda
precisa ser sancionada pelo governador Elmano de Freitas para passar
a valer.
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