sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

 União terá desafios para equilibrar as contas públicas em 2024

Mesmo com mais dinheiro disponível e flexibilidade nas regras fiscais, a União terá o desafio de equilibrar as contas públicas em 2024. Orçamento do ano deve ter cerca de R$ 200 bilhões a mais que o autorizado para 2023 para despesas de R$ 5,5 trilhões.

Apesar do valor, o Governo Federal continuará tendo margem apertada na escolha dos gastos, porque as despesas obrigatórias, historicamente, têm crescido e também porque R$ 53 bilhões são alocados por senadores e deputados federais por meio de emendas parlamentares, valor que aumentou cerca de 45% em relação ao ano passado.

Para a Secretaria de Orçamento Federal do governo, uma única nova lei de 2023, por exemplo, resultou em aumento de quase R$ 22 bilhões nas contas: a que obriga a União a compensar os Estados pela perda de arrecadação com o ICMS. A norma ainda terá impactos em 2024 e 2025.

Os dispêndios obrigatórios se somarão aos aumentos de gastos em políticas públicas específicas, como saúde, o que pode dificultar o cumprimento, pelo governo, da meta fiscal de déficit zero estabelecida pela Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2024, sancionada em 29 de dezembro. O objetivo é que a União não tenha mais despesas do que receitas, ainda que haja flexibilidade para gastar aproximadamente R$ 29 bilhões a mais que o arrecadado sem infringir as regras fiscais aprovadas em 2023 pelo Congresso Nacional.

O Projeto de Lei Orçamentária Anual aprovado no Congresso em 22 de dezembro prevê que o salário mínimo neste ano será reajustado para R$ 1.412. Mas isso somente ocorrerá se o Executivo editar decreto, conforme estabelece a lei. O valor do salário mínimo traz impactos a uma série de contas do governo, já que serve também como referência para despesas com aposentadorias e benefícios. (Com Agência Senado).

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