Tebet
diz que corte de emendas foi provisório e pode ser revisto
A
ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou nessa quinta-feira (25)
que o corte no Orçamento de R$ 5,6 bilhões aplicado sobre as emendas de
comissão, que vem causando reações negativas do Congresso Nacional, foi feito
“provisoriamente” e que pode ser revisto. “Nós tivemos que fazer vetos e os
vetos não são simples. Eu não posso pegar uma parte da ação ou uma parte da
programação e cortar. Ou eu corto a programação inteira ou eu não posso cortar.”
Tebet disse ainda que, “como eu não sei os acordos
do Congresso Nacional que foram feitos, aquilo que eles realmente fazem
questão, nós fizemos, provisoriamente, um primeiro veto nas ações linhas de
programação e podemos lá para fevereiro fazer qualquer alteração, como sempre
fizemos no momento certo”. A declaração ocorreu após evento de apresentação do
Relatório “Agenda Transversal Ambiental PPA 2024-2027”, na sede do Banco do
Brasil, em Brasília.
“Ainda temos a questão da medida provisória da
desoneração. Vamos chegar num meio-termo? Vamos chegar num consenso? De que
forma é, quanto vai valer para 2024, quanto vai valer para 2025? Portanto, só
após o Carnaval eu acredito que nós vamos ter sinalização do que estamos
falando de estimativa de receita para o ano de 2024. Portanto, no relatório,
que precisamos apresentar na segunda quinzena de março, 20, 21, 22, o primeiro
relatório bimestral, vamos ter com clareza o que podemos fazer”, afirmou a
ministra.
A ministra foi questionada por jornalistas de onde
seria possível retirar os recursos para repor o montante das emendas de
comissão, cujo veto acabou provocando desgaste para o governo no Congresso.
Tebet não especificou como essa reposição poderia ser feita. Apontou que apenas
após o Carnaval haverá uma real radiografia das receitas.
Na segunda (22), o presidente Lula (PT) sancionou
o Orçamento de 2024 com o veto bilionário sobre as emendas parlamentares, que
são o principal mecanismo pelo qual deputados e senadores destinam recursos
para os seus redutos eleitorais. O governo prometeu a parlamentares apresentar
ainda em fevereiro um plano para reverter o corte.
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