sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

 

Tebet diz que corte de emendas foi provisório e pode ser revisto

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), afirmou nessa quinta-feira (25) que o corte no Orçamento de R$ 5,6 bilhões aplicado sobre as emendas de comissão, que vem causando reações negativas do Congresso Nacional, foi feito “provisoriamente” e que pode ser revisto. “Nós tivemos que fazer vetos e os vetos não são simples. Eu não posso pegar uma parte da ação ou uma parte da programação e cortar. Ou eu corto a programação inteira ou eu não posso cortar.”

Tebet disse ainda que, “como eu não sei os acordos do Congresso Nacional que foram feitos, aquilo que eles realmente fazem questão, nós fizemos, provisoriamente, um primeiro veto nas ações linhas de programação e podemos lá para fevereiro fazer qualquer alteração, como sempre fizemos no momento certo”. A declaração ocorreu após evento de apresentação do Relatório “Agenda Transversal Ambiental PPA 2024-2027”, na sede do Banco do Brasil, em Brasília.
“Ainda temos a questão da medida provisória da desoneração. Vamos chegar num meio-termo? Vamos chegar num consenso? De que forma é, quanto vai valer para 2024, quanto vai valer para 2025? Portanto, só após o Carnaval eu acredito que nós vamos ter sinalização do que estamos falando de estimativa de receita para o ano de 2024. Portanto, no relatório, que precisamos apresentar na segunda quinzena de março, 20, 21, 22, o primeiro relatório bimestral, vamos ter com clareza o que podemos fazer”, afirmou a ministra.
A ministra foi questionada por jornalistas de onde seria possível retirar os recursos para repor o montante das emendas de comissão, cujo veto acabou provocando desgaste para o governo no Congresso. Tebet não especificou como essa reposição poderia ser feita. Apontou que apenas após o Carnaval haverá uma real radiografia das receitas.
Na segunda (22), o presidente Lula (PT) sancionou o Orçamento de 2024 com o veto bilionário sobre as emendas parlamentares, que são o principal mecanismo pelo qual deputados e senadores destinam recursos para os seus redutos eleitorais. O governo prometeu a parlamentares apresentar ainda em fevereiro um plano para reverter o corte.

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