quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

Prefeito de São Paulo diz ainda manter respeito por Marta

O prefeito Ricardo Nunes (MDB) minimizou nessa quarta-feira (10) os impactos eleitorais da saída de Marta Suplicy do governo dele para reforçar a candidatura de Guilherme Boulos (Psol), adversário na eleição para a Prefeitura de São Paulo este ano. Nunes disse ainda manter respeito pela ex-prefeita e evitou falar em traição, mas deixou claro o descontentamento com a postura da agora ex-secretária municipal de Relações Internacionais da Capital paulista.

Segundo o prefeito, Marta lhe confirmou ter aceitado ser vice na chapa de Boulos. Em um movimento para voltar ao PT, Marta deixou a gestão de Nunes nessa terça-feira (9), após conversa entre eles na prefeitura. Na segunda (8), ela esteve com o presidente Lula (PT), em Brasília, e indicou a ele que aceitava voltar ao partido e integrar a chapa de Boulos, o que gerou a demissão dela.

“A página está virada. Quando eu tive a confirmação do que estava acontecendo, coube-me chamá-la para conversar e entender. Nossa relação é boa. Ela fez um bom trabalho. Não vai abalar a questão do meu respeito por ela, mas não tinha como continuar numa situação dessa”, disse Nunes.
Questionado se havia sofrido traição, o prefeito respondeu que não atribuiria isso a Marta. “Essa palavra é muito forte. Foi desencontrado, evidentemente. Não preciso falar, vocês acompanharam, os fatos estão aí.” Nunes, no entanto, não escondeu a decepção, ressaltou ter agido com transparência e até alfinetou a ex-aliada em entrevista à imprensa na manhã de ontem, durante o evento para posse dos conselheiros tutelares da Capital, que acabou cancelado por falta de energia.
Ao comentar, por exemplo, a motivação apresentada por Marta para mudar de lado, que é a aliança entre Nunes e Jair Bolsonaro (PL) na eleição, Nunes afirmou que essa justificativa “não cola”, porque o apoio do ex-presidente era algo sabido por Marta e todos há meses. “A gente nunca vai agradar a todos e a gente tem que ter transparência nos processos. Transparência é fundamental.”


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