Lula sanciona LDO com recorde de
quase R$ 5 bilhões para o fundão
Até 2015, as grandes empresas, como bancos e
empreiteiras, eram as principais responsáveis pelo financiamento dos
candidatos. Naquele ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) proibiu a doação
empresarial sob o argumento de que o poder econômico desequilibrava o jogo
democrático.
A partir das eleições de 2018, foi então criado o
fundo eleitoral, que usa dinheiro público para bancar as atividades de campanha
dos candidatos. A reserva do montante para as eleições de 2024 também está
prevista na Lei Orçamentária Anual (LOA), aprovada no fim de 2023.
O valor destinado às campanhas dividiu o Congresso
Nacional e se tornou alvo de divergência entre Câmara e Senado. O presidente do
Senado, Rodrigo Pacheco (PSD/MG), defendia o fundão de R$ 2,6 bilhões, mas não
conseguiu apoio suficiente para a proposta.
Ele criticou a ampliação deste gasto. “O valor de
R$ 5 bilhões é o início do fim do financiamento público. Ano que vem, nós
estaremos a discutir o retorno do financiamento de pessoas jurídicas em
campanhas eleitorais. Eu não tenho dúvidas disso”, disse Pacheco.
O presidente da Câmara, deputado federal Arthur
Lira (PP/AL), e líderes da Casa, então, foram ao plenário do Congresso durante
a votação. O montante aprovado expande o poder dos dirigentes partidários, que
dão a palavra final sobre a destinação da verba.
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