Em Baturité, MP pede que prefeitura troque Carnaval de R$ 1 mi por evento “mais econômico”
O Ministério Público do Estado do Ceará (MPCE) fez uma recomendação à Prefeitura de Baturité nessa segunda-feira (29) para que a administração do prefeito Herberlh Mota (PL) se abstenha de realizar o “Carnaval Baturité 2024: Folia pra valer”, marcado para os dias 8 a 13 de fevereiro, e opte por um “Carnaval Cultural”, valorizando a identidade local e que seja “mais econômico”. A recomendação do MPCE considera que os gastos com a festa programada até então são incoerentes com a situação financeira e os compromissos do Município.
O órgão
afirma que, segundo dados do Portal da Transparência, as despesas
com o Carnaval realizado pela Prefeitura de Baturité somam R$ 1,075
milhão, contando apenas valores referentes às contratações de
cantores e bandas. Conforme a plataforma, foram contratados os
artistas Rogerinho (R$ 100 mil), Rafa e Pipo (R$ 250 mil), Mari
Fernandes (R$ 400 mil), Diego Facó (R$ 35 mil), Jammil e uma Noites
(R$ 250 mil), Netinho Balachic (R$ 40 mil) e Alanzim Coreano. O
último está confirmado segundo as redes sociais da Prefeitura, mas
não tem contrato divulgado no Portal da Transparência.
Valores
relacionados à segurança, sonorização, limpeza, montagem de
palco, iluminação, saúde emergencial, dentre outros, não foram
divulgados no Portal da Transparência, mas, para o Ministério
Público, devem demandar grande montante, devido à amplitude do
evento que se estenderá por seis dias.
O MPCE deu um
prazo de 48 horas para os gestores se manifestarem sobre a
recomendação. O procedimento administrativo é direcionado ao
prefeito, ao secretário de Finanças e ao secretário de Turismo e
Cultura. O Estado buscou ouvir a Prefeitura de Baturité pelos seus
contatos oficiais, mas até o fechamento desta reportagem não
recebeu retorno.
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