quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

 Comissão provisória no PDT Ceará é validada pela Justiça

O PDT Ceará já tem um órgão responsável pelo comando do partido no estado. Depois de iniciar o ano sem uma instância partidária de gestão, a agremiação teve uma comissão provisória autorizada a funcionar pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nessa quarta-feira (10). Essa foi a solução adotada pela Executiva nacional após o fim da vigência do último diretório estadual, que existiu até 31 de dezembro de 2023.

A nova estrutura de comando do partido é composta por doze nomes. Ficará no cargo de presidente estadual do PDT o ex-senador Flávio Torres, fundador do partido no Ceará e que já exerceu esse posto anteriormente. Cristhina Brasil será a vice-presidente, Francisco das Chagas Soares ficará como secretário e o vereador Iraguassú Filho exercerá a função de tesoureiro. Além disso, integrarão a comissão provisória no cargo de membros: o deputado estadual Cláudio Pinho; Alessandra Aires Sabino Vieira; Diana Maria Maciel Mano de Carvalho; Geraldo Sinézio Sobrinho; Ianna Fernandes de Almeida Brandão; Ivaldo Ananias Paixão; Janne Ruth Nascimento Viana e Sandra Paula Pereira de Araújo.
Para esta sexta-feira (12), está previsto um ato para a posse dos novos dirigentes, formalizando assim a criação da nova comissão. Será às 16 horas, na sede do PDT, no Meireles, em Fortaleza. O evento contará com as presenças do ministro da Previdência Social e presidente nacional licenciado do PDT, Carlos Lupi.
Essa comissão provisória tem vigência para funcionar até o dia 2 de julho de 2024. Até lá, deverá ser realizada uma nova convenção partidária para eleição do próximo diretório do PDT no estado, o que ainda não tem previsão de acontecer.

O novo comando à frente do PDT cearense terá a missão de preparar a agremiação para as eleições municipais deste ano, além de buscar unificar o partido após a saída em bloco de quadros importantes e manter a importância do partido na política cearense. Além disso, a instalação da nova comissão consolida no partido o domínio da ala ligada a nomes como o ex-ministro Ciro Gomes, o presidente nacional interino do PDT e deputado federal André Figueiredo, o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio e o seu sucessor José Sarto.

Para Sarto, a crise no PDT no estado “já acabou”. “Não tem crise, só tem briga quando dois querem. Eu não quero brigar”, disse. O prefeito ainda deu recado à ala contrária no partido, ligada ao senador Cid Gomes e que está de saída do PDT. “Quem tiver opinião divergente, siga o seu caminho. Cada um deve seguir o seu caminho naturalmente”, afirmou, acrescentando que o PDT, em Fortaleza, está pacificado hoje. Na capital, o partido tem como presidente Roberto Cláudio, sendo Sarto o seu vice.

Crise no PDT
O PDT Ceará ficou dividido em dois grupos desde 2022, quando houve divergências quanto à candidatura do partido para a eleição ao Governo do Estado naquele ano e, em seguida, quanto à questão de ser base ou oposição ao governador eleito Elmano de Freitas (PT). Enquanto o grupo de Ciro quer ser oposição ao Governo e ao PT, o grupo de Cid defende uma aliança com o partido e ficar como base.
Em meio ao “racha”, Cid e outros dissidentes decidiram deixar o partido em novembro de 2023. O grupo vêm buscando uma nova sigla desde então para migrar coletivamente. Até o momento, o PSB é a legenda mais cotada.

Com a debandada no PDT Ceará, o partido perde um senador, quatro deputados federais, 14 deputados estaduais (entre titulares e suplentes), cerca de 40 prefeitos e alguns vereadores. Cid e os prefeitos, como ocupam cargos majoritários, podem mudar de partido sem perder os mandatos. Já os parlamentares devem iniciar uma disputa na Justiça Eleitoral para não perder o mandato, já que ocupam cargos proporcionais, ou seja, que pertencem ao partido.

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