segunda-feira, 22 de janeiro de 2024

 Alvos de reoneração evitam judicializar MP e apostam em derrota de Haddad

Representantes dos setores atingidos pela MP da reoneração da folha de pagamento apostam que o Congresso deverá impor uma nova derrota ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Por ora, as lideranças avaliam que não é o momento de judicialização.

O que aconteceu

Os setores veem que a medida provisória atinge as empresas e o Congresso. Líderes apontam que o governo Lula editou o texto após o Legislativo derrubar o veto do petista para manter a desoneração da folha até 2027.

O benefício alcança 17 setores, incluindo o de comunicação, ao qual pertence o UOL. A desoneração permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita bruta, em vez de 20% sobre a folha de pagamentos para a Previdência.

A proposta defendida por Haddad é que a reoneração seja gradual até 2027, começando por 15% até chegar próximo aos 20%. Alguns setores, porém, não foram contemplados e já deverão voltar a quitar os impostos sobre a folha de forma integral a partir de abril.

O setor têxtil, por exemplo, é um dos primeiros a serem afetados na volta do imposto. O presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção), Fernando Pimentel, afirmou ao UOL que a entidade trabalha pelo diálogo para manter o texto aprovado pelo Congresso.

Os setores alegam que a desoneração contribui para o aumento da contratação, algo que é rebatido pelo governo. A entidade tem buscado deputados e senadores ligados à frente parlamentar do setor têxtil. São eles que têm o encargo de dar voz e holofotes às críticas à MP de Haddad.

O Planalto, por sua vez, espera aumentar a arrecadação com a volta do imposto em um esforço para atingir a meta de déficit zero.

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