Alvos de reoneração evitam judicializar MP e apostam em derrota de Haddad
Representantes dos setores atingidos pela MP da reoneração da folha de pagamento apostam que o Congresso deverá impor uma nova derrota ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Por ora, as lideranças avaliam que não é o momento de judicialização.O que aconteceu
Os setores veem
que a medida provisória atinge as empresas e o Congresso. Líderes apontam que o
governo Lula editou o texto após o Legislativo derrubar o veto do petista para
manter a desoneração da folha até 2027.
O benefício
alcança 17 setores, incluindo o de comunicação, ao qual pertence o UOL. A
desoneração permite o pagamento de alíquotas de 1% a 4,5% sobre a receita
bruta, em vez de 20% sobre a folha de pagamentos para a Previdência.
A proposta
defendida por Haddad é que a reoneração seja gradual até 2027, começando por
15% até chegar próximo aos 20%. Alguns setores, porém, não foram contemplados e
já deverão voltar a quitar os impostos sobre a folha de forma integral a partir
de abril.
O setor têxtil,
por exemplo, é um dos primeiros a serem afetados na volta do imposto. O
presidente da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e Confecção),
Fernando Pimentel, afirmou ao UOL que a entidade trabalha pelo diálogo para
manter o texto aprovado pelo Congresso.
Os setores
alegam que a desoneração contribui para o aumento da contratação, algo que é
rebatido pelo governo. A entidade tem buscado deputados e senadores ligados à
frente parlamentar do setor têxtil. São eles que têm o encargo de dar voz e
holofotes às críticas à MP de Haddad.
O Planalto, por
sua vez, espera aumentar a arrecadação com a volta do imposto em um esforço
para atingir a meta de déficit zero.
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