Congresso conclui votação da LDO de
2024
Em
sessão no plenário da Câmara dos Deputados na tarde desta terça-feira (19), o
Congresso Nacional aprovou o projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO)
de 2024 (PLN nº 4). O placar de aprovação dos senadores foi de 65 votos a
favor, 2 contrários, e nenhuma abstenção. Entre os deputados, a aprovação foi
simbólica ao texto do relator Danilo Forte (União-CE).
A LDO fixa parâmetros de orientação para a elaboração do
Orçamento de 2024. Entre as diretrizes, os parlamentares estabeleceram a meta
fiscal de déficit zero, ou seja, os gastos federais não podem superar o
somatório de arrecadação com tributos e outras fontes.
O valor previsto para o salário mínimo é de R$ 1.412 a partir de
janeiro, reajuste de R$ 92 que considera reposição da inflação medida pelo
Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) nos últimos 12 meses até
novembro (3,85%) mais o reajuste com base no índice de crescimento real do
Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores (3% de ganho real).
Uma novidade nas regras orçamentárias do próximo ano está a
obrigação do governo federal de reservar recursos para empenhar as emendas
parlamentares impositivas ainda no primeiro semestre de 2024. O governo
poderá contingenciar emendas não impositivas de comissões da Câmara e do
Senador na mesma proporção dos cortes feitos nas despesas não obrigatórias.
Destaque
Após apreciarem a LDO, os parlamentares aprovaram como destaque
uma emenda apresentada pelo deputado Altineu Côrtes Freitas Coutinho (PL-RJ)
proibindo eventuais despesas com invasão ou ocupação de terra pública ou
privada, cirurgias de aborto não permitidas em lei, cirurgias para troca de
sexos de crianças e ações que possam influenciar opção sexual de menores.
Nenhum desses tópicos estava previsto no projeto da LDO. O
próprio relator, deputado Danilo Forte, considerou a emenda de destaque um
“jabuti”, estranho ao texto em votação.
A LDO segue agora para sanção presidencial. Conforme a
Constituição Federal, o presidente da República poderá vetar trechos aprovados.
Caso isso aconteça, o Congresso poderá convocar sessão para a rejeição do veto,
que se dará em caso de contestação pela maioria absoluta de deputados (257
votos) e senadores (41 votos).
O presidente do Congresso, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG),
promete votar a Lei do Orçamento Anual em sessão na quarta-feira (20) após a
promulgação da reforma tributária. A lei do orçamento ainda está em análise na
Comissão Mista de Orçamento (CMO). A comissão tem reunião marcada para amanhã
às 10h.
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