segunda-feira, 18 de dezembro de 2023

 

Carlos Lupi calcula que Brasil terá uma "Argentina" aposentada em 2024

O principal desafio do ministro da Previdência, Carlos Lupi, é a redução na fila de espera para a concessão dos benefícios. Em março, chegou a dizer que conseguiria reduzi-la para apenas 45 dias e acredita que fechará este ano com um número médio, que engloba todo o país, bem próximo disso. Ele observa que o descaso no atendimento ao segurado faz parte daquilo que classifica como "cultura da negação" — que é quando o Estado impõe barreiras para dificultar direitos líquidos e certos dos cidadão. Mas vê aspectos positivos neste primeiro ano de gestão, sobretudo o de fazer prevalecer a ideia de que a Previdência existe para servir às pessoas que a procuram. Mesmo porque, segundo Lupi, atualmente são 39,3 milhões segurados e, em 2024, esse número ultrapassará os 40 milhões — o equivalente à população da Argentina. A seguir, os principais pontos da entrevista.

A perícia médica não faz apenas isso. O Atestmed, essa licença médica, vale por 90 dias, mas tem gente que teve acidente, que precisa da aposentadoria permanente. Tem quem teve uma doença que exige um exame físico, mas outros, não. Um exemplo dessas doenças são as psíquicas. Como é que você vai atestar isso por vídeo? Como é que você vai atestar apenas com o papel? Isso incomoda uma parcela da associação, que acha que a gente quer tirar o emprego deles (médicos-peritos). Isso não é verdade. Sempre terá um médico examinando, assinando o atestado. Ou será que o médico que não é da perícia vale menos do que o médico da perícia?

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