Carlos
Lupi calcula que Brasil terá uma "Argentina" aposentada em 2024
O principal
desafio do ministro da Previdência, Carlos Lupi, é a redução na fila de espera
para a concessão dos benefícios. Em março, chegou a dizer que conseguiria
reduzi-la para apenas 45 dias e acredita que fechará este ano com um número
médio, que engloba todo o país, bem próximo disso. Ele observa que o descaso no
atendimento ao segurado faz parte daquilo que classifica como "cultura da
negação" — que é quando o Estado impõe barreiras para dificultar direitos
líquidos e certos dos cidadão. Mas vê aspectos positivos neste primeiro ano de
gestão, sobretudo o de fazer prevalecer a ideia de que a Previdência existe
para servir às pessoas que a procuram. Mesmo porque, segundo Lupi, atualmente
são 39,3 milhões segurados e, em 2024, esse número ultrapassará os 40 milhões —
o equivalente à população da Argentina. A seguir, os principais pontos da
entrevista.
A
perícia médica não faz apenas isso. O Atestmed, essa licença médica, vale por
90 dias, mas tem gente que teve acidente, que precisa da aposentadoria
permanente. Tem quem teve uma doença que exige um exame físico, mas outros,
não. Um exemplo dessas doenças são as psíquicas. Como é que você vai atestar
isso por vídeo? Como é que você vai atestar apenas com o papel? Isso incomoda
uma parcela da associação, que acha que a gente quer tirar o emprego deles
(médicos-peritos). Isso não é verdade. Sempre terá um médico examinando,
assinando o atestado. Ou será que o médico que não é da perícia vale menos do
que o médico da perícia?
Nenhum comentário:
Postar um comentário