Alece
aprova novas medidas para combater a tortura
Ainda segundo Roseno, o Sistema Estadual de
Prevenção e Combate à Tortura deverá atuar para prevenir “situações abusivas e
arbitrárias a seres humanos em situação de privação de liberdade”, o que inclui
pessoas que estão em hospitais psiquiátricos, nos sistemas prisional e
socioeducativo.
De acordo com o projeto encaminhado pelo
governador Elmano de Freitas (PT), o Sistema terá o objetivo de fortalecer a
prevenção e o combate à tortura no Ceará, por meio de uma articulação e uma
atuação cooperativa entre seus integrantes, permitindo a troca de informações e
o intercâmbio de “boas práticas”. “O SEPCT será integrado por órgãos e
entidades públicas e privadas com competências legais ou estatutárias de
realizar o monitoramento, a supervisão e o controle de estabelecimentos e
unidades onde se encontrem pessoas privadas de liberdade, ou de promover a
defesa dos direitos e interesses dessas pessoas”, diz o texto.
Já o CEPCT é um órgão deliberativo e consultivo da
política pública de prevenção e combate à tortura no Ceará. Sua função deve
incluir “prevenir, enfrentar e combater a tortura e outros tratamentos ou penas
crueis, desumanos ou degradantes”, conforme o texto. O Comitê terá metade da
sua composição formada por representantes de órgãos do Poder Executivo,
enquanto a outra metade será composta por representantes de conselhos de
classes profissionais e de organizações da sociedade civil, além de ter um presidente
e um vice.
Por fim, o MEPCT ficará com a responsabilidade da
prevenção e do combate à tortura. Por meio do Mecanismo, devem atuar seis
peritos com mandato fixo de três anos, sendo admitida a recondução,
selecionados pelo CEPCT “entre pessoas com notório conhecimento e formação de
nível supeiror, reputação ilibada, atuação e experiência na área de prevenção e
combate à tortura e a outros tratamentos ou penas crueis, desumanos ou
degradantes”.
Todas as três instâncias (SEPCT, CEPCT e MEPCT)
estarão vinculadas administrativamente e devem ser coordenadas pela Secretaria
de Direitos Humanos do Estado (SEDIH), hoje comandada por Socorro França.
O líder do Governo, deputado Romeu Aldigueri
(PDT), ainda adicionou uma emenda ao projeto prevendo que o Poder Executivo
disponibilize o acesso às imagens do sistema de videomonitoramento instalado
nas unidades prisionais dos sistema penitenciário do Ceará ao Poder Judiciário,
ao Ministério Público e às demais instituições e organizações integrantes dos
órgãos de que trata a matéria.
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