Ciro
critica governo Elmano e deputados reagem
O encontro, que oficializou o vice-prefeito de Fortaleza, Élcio Batista, como
presidente estadual do PSDB, serviu de espaço para antecipar o debate
eleitoral. Tasso falou da questão da segurança pública, dizendo que se sente
“incomodado com o que está acontecendo no Ceará, incomodado com certa anestesia
da população” e citou chacina que ocorreu em Itarema na segunda-feira (30). Já
Ciro fez insinuações de corrupção no governo, ao afirmar que “hoje no Ceará não
se realiza uma obra pública sem pagar propina aos donos do poder que estão aí”.
Em resposta, sobre a segurança pública, o deputado Guilherme Sampaio (PT) falou
que esse é um problema grave que o Estado e país enfrentam. “Quando acontece
uma chacina como essa ninguém deve discutir estratégia em tribuna da
Assembleia. Isso envolve inteligência. Eu quero destacar o investimento que o
Ceará tem feito em inteligência. Envolve toda uma estratégia que não pode ser
discutida em caráter público”, disse, sobre as medidas do governo na área.
“Está tudo em paz? Não, está longe de estar tudo em paz. Volto a dizer, não
vamos tratar esse tema com demagogia. Não vamos tratar esse tema com fake news.
Não vamos desrespeitar e aumentar o sofrimento do povo cearense que quer
transparência e seriedade”, afirmou.
No entanto, os deputados da base do governo dedicaram a maior parte do tempo a
discutir os comentários feitos por Ciro, fazendo duras críticas ao ex-ministro.
“Declarações absurdamente caluniosas e irresponsáveis do ex-tudo, a gente fica
muito triste com alguém que já foi o que foi ter esse tipo de postura”, disse
Sampaio.
Deputados da oposição sugeriram que o Legislativo convocasse Ciro Gomes para
esclarecer as acusações e investigar o caso. A ideia foi descartada pela base.
Crise no PDT
Em meio ao acirramento da crise no PDT após o anúncio da Executiva Nacional de
nova intervenção no Ceará, deputados da ala ligada ao senador Cid Gomes, que
estão na base do governo, aproveitaram para fazer críticas ao partido e às
lideranças que estão na ala oposta ao grupo. O ex-ministro Ciro Gomes, rompido
com o irmão Cid, lidera a ala que quer permanecer como oposição ao PT no Ceará.
“Não há coerência do PDT dentro do Ceará. É isso que buscamos: coerência,
respeito à maioria, tudo tendo sido feito com votações e discussão
intrapartidária. É isso que não temos visto”, afirmou Guilherme Landim.
Já Romeu Aldigueri afirmou que “hoje o PDT está cada dia menor”. Ele ressaltou
que PDT e PT são aliados em nível nacional e, em nível estadual, essa aliança é
questionada. “O presidente nacional do nosso partido é ministro do Lula. Que
dicotomia é essa? Lamento muito o fundo do poço a que certas pessoas estão
chegando”.
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