Mauro Vieira
participa de nova reunião da ONU em NY
O Itamaraty
informou que o ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, embarcou na noite
de ontem (29) para Nova York, onde participará da reunião de emergência do
Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) para tratar da guerra entre
Israel e o Hamas.
A reunião ocorre amanhã (30). Será mais uma tentativa de definir medidas para
garantir o acesso da população de Gaza à assistência humanitária e proteger os
civis. O Brasil preside o colegiado até o dia 31 de outubro.
Desde a primeira reunião do Conselho de Segurança para debater o avanço da
guerra, pelos menos quatro propostas de resoluções foram vetadas pelos países
que fazem parte do órgão das Nações Unidas. Foram duas propostas da Rússia, uma
do Brasil e outra dos Estados Unidos.
O Conselho de Segurança da ONU é o responsável por zelar pela paz
internacional. Ele tem cinco membros permanentes: China, França, Rússia, Reino
Unido e Estados Unidos. Fazem parte do conselho rotativo Albânia, Brasil,
Equador, Gabão, Gana, Japão, Malta, Moçambique, Suíça e Emirados Árabes.
Contato
Ontem (28), o Escritório de Representação do Brasil em Ramala, na Cisjordânia,
informou que retomou contato telefônico com os brasileiros que estão nas
cidades de Rafah e Khan Yunis, ao sul da Faixa de Gaza. Bombardeios derrubaram
a rede de telefonia na última sexta-feira.
Segundo a representação brasileira, a comunicação foi restabelecida, e não há
relatos de pessoas feridas em decorrência dos bombardeios. O grupo é formado
por 34 pessoas, sendo 24 brasileiros, sete palestinos em processo de imigração
e três palestinos familiares. Eles aguardam sinal verde do governo egípcio para
serem resgatados e retornarem ao Brasil.
Risco
bombardeio
Forças de ataque de Israel ordenaram a evacuação para bombardeio de um
hospital, informou a Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, neste domingo.
O comunicado foi feito para o hospital de de al-Quds, na cidade de Tel al-Hawa,
segundo o Crescente Vermelho, braço da Cruz Vermelha na Palestina.
Uma repórter da TV Al Jazeera afirmou que bombardeios foram registrados ao
redor do hospital, mas não atingiram diretamente a unidade de saúde.
Além dos mais de 400 pacientes no local, a organização estima que haja 14 mil
civis buscando abrigo dos bombardeios no local.
“Recebemos sérias ameaças das forças de ocupação de Israel para evacuar o
hospital de Al-Quds imediatamente, porque ele seria bombardeado. Nós falamos
várias vezes que não conseguimos evacuar o hospital. A maioria dos pacientes
está em tratamento intensivo. Retirá-los dali significa matá-los”, disse um
representante da Sociedade do Crescente Vermelho Palestino, em publicação nas
redes sociais.
A queda de um míssil no Hospital Árabe Al-Ahli em 17 de outubro deixou mais de
400 pessoas mortas, segundo informações das autoridades palestinas. Israel e
Hamas trocam acusações sobre quem foi responsável pelo ataque em questão.
Mais de 9 mil pessoas morreram desde o início da guerra, em 7 de outubro. A
maior parte delas, 8 mil, está do lado palestino. Do lado de Israel, cerca de
1,4 mil pessoas foram mortas.
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