Guerras
já renderam o Nobel da Paz! No momento, falta material
Palestino carrega menina ferida em bombardeio de Israel em Khan Younis, no sul da Faixa de Gaza
Como objetivo retórico, a pacificação do Oriente Médio
existe há mais de 70 anos. Na prática, porém, a tese da coexistência pacífica
de dois Estados, um israelense e outro palestino, vem servindo apenas para
requentar o humanismo que ressurge a cada novo vernissage de corpos.
Implacável, a história comporta-se como uma senhora seletiva. Submete as boas
intenções ao filtro da realidade. Depois que o pacifismo percorre o corredor
frio da posteridade, sobram duas coisas: a reiteração das guerras e a elevação
do monturo de vítima
Há 50 anos, uma incursão militar do Egito e da Síria também
pegou Israel desprevenido. Golda Meir, a lendária primeira-ministra israelense,
viu-se compelida a renunciar ao cargo nas pegadas da Guerra do Yom Kipur, em
1973, quando as tropas inimigas, aproveitando o dia santificado dos judeus,
pela primeira vez submeteram Israel ao risco de derrota. O governo trabalhista
de Golda foi acusado de negligência
Em 1978, Anwar Sadat ganhou o Prêmio Nobel da Paz,
partilhado com Menahem Begin, primeiro-ministro de Israel. Pouco depois, Sadat
foi assassinado por um fanático egípcio. Abriu-se uma nova janela para a paz em
1993. Sob os auspícios dos Estados Unidos, o líder palestino Yasser Arafat,
visto à época como o terrorista-mor, firmou com o então primeiro-ministro
israelense Yitzhak Rabin, o acordo de Oslo.
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