Cid
Gomes entra com recurso contra liminar que suspendeu eleição para presidência
do PDT Ceará
No
dia seguinte à reviravolta em relação à nova Executiva estadual do PDT, Cid
Gomes protocolou recurso para reverter a decisão liminar que sustou os efeitos
da eleição. O ato foi confirmado pela assessoria de imprensa do senador
nesta terça-feira (17).
Na segunda (16), o diretório elegeu, com 48 votos, Cid para o comando do partido no Ceará, retirando o presidente nacional interino, André Figueiredo, da presidência no Estado. O mandato de Cid se encerraria em 31 de dezembro deste ano. Ao fim da reunião, uma liminar da juíza Maria de Fátima Bezerra Facundo, da 28° Vara Cível de Fortaleza, suspendeu as decisões tomadas na reunião.
Após
a notícia, os dois dirigentes se pronunciaram, cada um defendendo o seu lado. Figueiredo comemorou a decisão e defendeu que o
grupo do ex-governador é "maioria frágil", com objetivos que vão além
dos interesses exclusivos do partido.
Cid
afirmou que a magistrada foi "induzida ao erro", já que entendeu que
ocorria uma convenção estadual, e não uma reunião do diretório, na ocasião.
Segundo pedetistas presentes no encontro de segunda, a convenção só deve
ocorrer em dezembro deste ano, a fim de eleger um novo mandato no diretório
para os próximos anos.
À
noite, o senador reuniu-se com aliados, como a irmã e deputada estadual Lia
Gomes e o deputado federal Eduardo Bismarck para estudar o texto da liminar e
preparar a contrapartida, que veio nesta terça-feira. Agora, o grupo aguarda
uma nova decisão judicial sobre a Executiva.
IMPASSE NO PDT
CEARÁ
Apesar
da crise interna do PDT no Ceará se arrastar desde a campanha eleitoral de
2022, a nova escalada na tensão dentro do partido ocorreu após o diretório
estadual, sob o comando de Cid Gomes, conceder, em agosto, carta de anuência
para a desfiliação do presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro
Leitão.
A
autorização foi contestada pela Executiva nacional, sob comando de Figueiredo,
e judicializada tanto na esfera cível como na Eleitoral.
Em
setembro, reunião convocada por Cid Gomes contou com a presença de Figueiredo e
aliados. Na ocasião, a inclusão da pauta sobre o apoio do PDT ao Governo Elmano
de Freitas chegou a ser cogitada, mas acabou sendo retirada a pedido de
Figueiredo. Apesar disso, houve bate-boca entre integrantes das duas alas do
PDT e Figueiredo, junto a aliados, acabaram deixando a reunião antes do
fim.
Três
dias depois, no dia 29 de setembro, Figueiredo anunciou o retorno da licença e
a deposição de Cid Gomes do comando do PDT Ceará. Na ocasião, os dois trocaram
acusações sobre quebra de acordo. André Figueiredo afirmava que o senador havia
descumprido partes do acordo feito para assumir a presidência do diretório
estadual — citando a carta de anuência a Evandro Leitão e eventual discussão
sobre apoio a gestão estadual
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