Câmara debate entrega voluntária de crianças para adoção
Audiência discutiu a instituição do Programa como uma política
permanente.
Com o intuito
de instituir o Programa Municipal de Entrega Voluntária de Crianças para Adoção
uma política pública permanente na cidade de Fortaleza, a Câmara Municipal de
Fortaleza realizou na tarde desta sexta-feira, 20, audiência pública proposta
pelo vereador Iraguassú Filho (PDT), autor do projeto de lei
ordinária nº215/2023, que trata do tema. Rel. Didi Mangueira. A
matéria está aguardando parecer do relator, vereador Didi Mangueira (PDT), na
Comissão de Constituição.
“Essa audiência
pública é exatamente para abrir o debate com a sociedade em geral, com o
Ministério Público, Defensoria Pública, OAB, pretendentes a pais, com a equipe
da entrega legal, para que possamos trazer para a Câmara um assunto tão
relevante. A gente precisa cada vez mais fortalecer esse programa para que se
torne permanente”, ressaltou Iraguassú Filho.
A proposta, como
destaca o parlamentar, vem apoiar as mulheres que decidiram pela entrega legal,
e que por muitas vezes sofrem com os estigmas diante da decisão. “É um direito
desde 2009 que está no Estatuto da Criança e do Adolescentes. Nós estamos há 14
anos com esse direito e a maioria da sociedade desconhece e acredita que se
trata de abandono por parte da mulher”, evidenciou Iraguassú.
O presidente da
Funci, Raimundo Gomes de Matos, falou da normatização do ECA e da Lei da Adoção
que trata do processo de entrega voluntária. “Elas precisam ter um
acompanhamento social e psicológico, acompanhado do Poder Judiciário, para que
possamos garantir tranquilidade aos familiares e também para aqueles que vão
adotar essas crianças. Hoje, a partir da lei da adoção, já existe da parte do
judiciário toda essa normatização, entretanto a Funci tem essa peculiaridade de
fazer essa interlocução com seu corpo técnico”.
Dairton
Oliveira, promotor do Programa Adoção Legal falou sobre o programa. “A entrega
legal, principalmente agora em que a gente tem uma discussão em pleno Superior
Tribunal Eleitoral que fala sobre vida e morte, a entrega legal se mostra ao
povo brasileiro como uma alternativa de institucionalização”, concluiu.
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