quarta-feira, 3 de maio de 2023

Bolsonaro sabia de fraude em cartões de vacinação, aponta Polícia Federal


O ex-presidente Jair Bolsonaro sabia do esquema de fraude em cartões de vacinação contra Covid-19, que motivou operação da Polícia Federal deflagrada nesta quarta-feira (3). A informação é de um documento da PF que foi obtido pelo jornal Folha de S. Paulo.

Em representação encaminhada ao Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal aponta que Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, era o principal articulador da fraude. Marcelo Câmara, assessor especial do presidente, também era um dos envolvidos.

"Jair Bolsonaro, Mauro Cid e, possivelmente, Marcelo Câmara tinham plena ciência da inserção fraudulenta dos dados de vacinação, se quedando inertes em relação a tais fatos até o presente momento", diz o documento. 

A suspeita é de que houve fraude nos dados de vacinação de Bolsonaro, da filha dele de 12 anos, do próprio Mauro Cid, da mulher e da filha do ex-ajudante.

As informações fraudulentas sobre a aplicação de duas doses da vacina da Pfizer em Bolsonaro foram incluídas em 21 de dezembro de 2022, segundo a investigação.

Um dos indícios de que Bolsonaro sabia da fraude é o fato de que foi emitido certificado de vacinação no perfil de Bolsonaro no ConecteSUS um dia após a inserção de dados falsos. A emissão se deu no celular de Mauro Cid.

Após ser alvo da operação, Jair Bolsonaro afirmou, em coletiva de imprensa, que não tomou vacina contra Covid-19 e não realizou nenhum tipo de adulteração no documento. O ex-presidente disse ainda que a filha, Laura, não foi imunizada contra o coronavírus.

OPERAÇÃO DA POLÍCIA FEDERAL
Em operação deflagrada nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal prendeu seis pessoas e cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em Brasília e no Rio de Janeiro. Mauro Cid foi um dos presos.

Fonte: Diário do Nordeste


 

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