O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda vive um momento de turbulência nas áreas política e econômica, quase três meses após a posse. Sem uma base firme no Congresso Nacional e com incertezas fiscais, o presidente corre contra o tempo para apresentar feitos até o dia 10 de abril, quando completará 100 dias de gestão. Até o momento, o Ministério da Educação tem sido uma das pastas a dar ao presidente um desafogo nas pautas conflituosas.
A Fazenda, comandada por Fernando Haddad, bate cabeça em questões como a reforma tributária e a nova âncora fiscal – virando alvo de críticas até dentro do próprio PT, o partido do presidente. O Ministério da Justiça e Segurança Pública precisa administrar, com certo desgaste para Flávio Dino, crises consideráveis como os atentados de 8 de janeiro.
Na política, a Casa Civil, de Rui Costa, precisa ser o para-raios da Presidência da República e a pasta onde desagua a articulação política com o Congresso, cheia de buracos. Por isso, ainda enfrenta momento de turbulências.
CONTEXTO DE CRITICIDADE
Camilo assumiu a Educação em um momento crítico. Na gestão Bolsonaro, quatro ministros estiveram à frente da pasta. Foram anos de instabilidade, crises e uma pandemia que causou estrago no aprendizado e na estrutura de políticas públicas.
Sob o novo comando, o MEC já anunciou, por exemplo, reajuste do piso nacional dos professores. Além de uma categoria fundamental ao País, trata-se de um nicho do eleitorado importante ao presidente e ao PT.
Investimentos de R$ 600 milhões na retomada de obras na Educação em todo o País, por meio do FNDE – cerca de R$ 23 milhões só para o Ceará.
Um anúncio com destaque do reajuste das bolsas universitárias e, principalmente, dos repasses federais a estados e municípios por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). A merenda escolar, conforme o anúncio, terá reajuste, em média de 36%.
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