Deputados de oposição ao governador Elmano de Freitas (PT) se uniram, nesta segunda-feira (27), em visita de fiscalização a unidades hospitalares no interior do estado. Estiveram juntos, nas atividades, parlamentares do PDT e nomes mais próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) – e, em âmbito local, do secretário da Saúde de Maracanaú Capitão Wagner (União Brasil).
Participaram da ação os deputados Carmelo Neto (PL), Alcides Fernandes (PL), Dra. Silvana (PL), Sargento Reginauro (União Brasil) e Felipe Mota (União Brasil), além dos pedetistas Queiroz Filho, Antônio Henrique e Cláudio Pinho. Eles estiveram no Hospital Regional do Sertão Central, em Quixeramobim, e também no Hospital Regional do Vale do Jaguaribe, no município de Limoeiro do Norte.
Os deputados do PDT fazem parte do núcleo, dentro da bancada pedetista da Assembleia Legislativa do Ceará (Alece), que se mantém na oposição à atual gestão, diferente dos outros 10 integrantes da sigla na atual legislatura. Eles são aliados do prefeito de Fortaleza José Sarto (PDT) e do ex-prefeito Roberto Cláudio (PDT), principais lideranças dessa ala do partido no Ceará. A ação ainda ocorre em paralelo a uma aproximação entre Sarto e o PL, partido de Jair Bolsonaro, tendo como pano de fundo articulações para a eleição municipal de 2024.
Subutilização
No Hospital Regional do Sertão Central, Alcides Fernandes conta que viu, na visita, corredores vazios, contrastando com a realidade em unidades de saúde da capital. Ele defende mais investimentos da gestão estadual ao hospital. “Mas pasmem, os médicos aqui estão com quatro meses dos seus salários atrasados”, diz ele em vídeo publicado nas redes sociais.
No Hospital Regional do Vale do Jaguaribe, Antônio Henrique fez observações semelhantes, indicando que a unidade está subutilizada e que há andares inteiros sem pacientes sendo atendidos. “Os hospitais de Fortaleza estão superlotados, HGF tem fila de pessoas internadas no corredor, e enquanto isso esse hospital, que foi construído e há mais de um ano era para estar funcionando, agora viemos ver ele sem pacientes.”
Fonte: O Estado
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