De forma reservada, parlamentares admitem que um nome do mesmo partido do governador Elmano e do presidente Lula na coordenação poderia atrapalhar a relação com a oposição e lideranças independentes. Por outro lado, alguns chegam a falar publicamente sobre o assunto.
Em contato com a coluna, o deputado federal Eduardo Bismarck (PDT), que é cotado para assumir a coordenação da bancada neste ano, afirmou que não é "saudável" que o PT assuma essa posição de articulação para não "atrapalhar o diálogo com quem é da oposição".
"Existe um entendimento do grupo de que não é saudável. O PT tem dificuldade de dialogar com a oposição dele. A bancada é uma coisa suprapartidária", disse o pedetista à coluna.
O argumento é reforçado pelo deputado Célio Studart (PSD) que já adiantou que o partido vai votar unido na candidatura de Bismarck.
"Temos (acordo) no sentido de que realmente não faz sentido o líder da bancada ser do mesmo partido do governo estadual e do governo federal. Isso isola os outros partidos. Tem que ser neutro, nem tanto da base muito menos da oposição porque ele é um elo de construção entre a bancada e os dois governos", detalhou.
Na próxima terça-feira (14), às 17h, os deputados federais e senadores devem se reunir de forma híbrida para definir a próxima coordenação da bancada. Assim como Bismarck, o nome da deputada federal Luizianne Lins (PT) estava colocado como candidata.
FORÇA DAS BANCADAS
Eduardo Bismarck (PDT) afirmou também à coluna que há um acordo que tem como parâmetro o tamanho dos partidos para liderar a coordenação nos próximos anos. Como o PDT tem a maior quantidade de cadeiras na Câmara dos Deputados pela bancada do Ceará, assumiria a função logo no primeiro ano.
Fonte: Diário do Nordeste
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