A nova presidente do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), Fernanda Pacobahyba, quer mudar a forma como a gestão da Educação no Governo Federal gere os processos de obras nos municípios. O objetivo, segundo ela, é evitar “desgastes” com os prefeitos, como ocorreu nos anos Jair Bolsonaro (PL).
“A questão das obras é super importante, porque gerou muito desgaste com os nossos municípios, obras paradas, que não estavam recebendo recursos, teve aquele problema que nós assistimos relacionado aos pastores, da forma como todo esse processo era realizado”, disse a presidente do FNDE em entrevista nesta sexta-feira, 13, à Rádio CBN Cariri.
A fala de Pacobahyba faz menção ao escândalo no MEC em março de 2022, envolvendo o repasse de verbas do FNDE para municípios indicados por pastores. Em áudio, o ex-ministro da pasta, Milton Ribeiro, afirmou que repassava verbas para municípios indicados por dois pastores, a pedido de Bolsonaro.
Indícios também apontavam a existência de um "gabinete paralelo" de pastores que controlariam verbas e agenda do MEC. Um dos prefeitos disse, na época, que foi pedido o pagamento de propina em troca da liberação de recursos para a construção de escolas e creches. Após o escândalo vir à tona, Milton Ribeiro pediu exoneração do cargo e depois preso pela Polícia Federal.
Pacobahyba pontua que os novos integrantes do Ministério da Educação (MEC) e do Fundo estão para "mudar" a perspectiva, diante da “possibilidade de jogar dinheiro na educação”.
“Acho que temos a possibilidade maior nesse governo de trabalhar mais a questão das desigualdades sociais, a questão da raça, o quanto impacta no aprendizado no nosso país, como a gente pode assistir melhor as pessoas que mais necessitam”, ressaltou ainda a presidente do FNDE, sobre a gestão do MEC neste terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“Ele (Lula) vem com a perspectiva que o Brasil tem que ser para todos, mas tem alguns que precisam de algo diferenciados”, afirmou. E seguiu: "É um tom para olhar para as minorias, que são maiorias minorizadas.Isso é muito importante e terá impacto na educação”, acrescentou.
Fonte: O Povo
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