sexta-feira, 20 de janeiro de 2023


O ministro da Educação, Camilo Santana, teceu indiretas ao governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmando estar impressionado com o desmonte ocorrido na educação pública no Brasil. A declaração ocorreu durante reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e reitores das universidades e institutos federais no Palácio do Planalto.

Camilo apontou ainda que o encontro de Lula com os representantes das universidades tem um “forte simbolismo” de diálogo com os entes educacionais.

“Isso mostra que esse governo é um governo de diálogo. Ele abre as portas do Palácio para o que há de mais importante nesse país que é a educação, as universidades, os institutos federais que formam e geram sonhos da nossa juventude e da nossa sociedade”, apontou.

O ministro ressaltou que nenhum país se desenvolve ou gera justiça social sem investir na educação, na ciência e tecnologia e destacou a vacina contra a covid-19 como fruto de investimentos na área.

“Isso garante soberania para o país. O maior exemplo foi durante a pandemia, quando a ciência e tecnologia garantiu a vacina das pessoas e ajudou a salvar vidas neste planeta. Esse é o governo que vai retomar a valorização e o respeito pelo ensino superior nesse país”, prometeu.

Fies e ProUni
Ele citou ainda medidas prioritárias do governo como a retomada de investimentos no Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), Programa Universidade para Todos (ProUni) e a construção do novo Plano Nacional da Educação.

Desafios
Entre os desafios para o MEC, ele citou a questão da ampliação e oferta de vagas e acesso de jovens às universidades, além da evasão e a retomada de obra paralisadas. “Só na educação superior, são 259 obras em universidades ou campi paralisadas. Nos institutos federais, são 76. No geral, desde a creche até o campus, são mais de 4 mil obras paralisadas ou inacabadas, só no MEC.”

Camilo comentou ainda sobre o reajuste das bolsas do CNPq e da Capes. “Desde 2013 não há reajuste. Lula tem determinado um estudo e uma avaliação nesse sentido.” Minutos depois, apontou em coletiva que o presidente deverá anunciar o reajuste ainda no mês de janeiro.

Ele também pediu colaboração das universidades e institutos federais na tarefa de reconstrução da educação no país.

Fonte: Correio Braziliense


 

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