sexta-feira, 23 de dezembro de 2022

Quem é Nísia Trindade, primeira mulher a comandar o Ministério da Saúde no Brasil.


A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade, foi escolhida pelo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para assumir o Ministério da Saúde a partir de 2023. O anúncio feito pelo petista ocorreu nesta quinta-feira (22).

MARCO HISTÓRICO 
Com vasto conhecimento sobre a saúde pública brasileira e inserção na comunidade científica internacional, Nísia será a primeira mulher na história a comandar a pasta, que é considerada uma das mais estratégicas do Governo Federal.

ATUAÇÃO NA PANDEMIA 
Além disso, a futura ministra, que é carioca e tem 64 anos de idade, é lembrada por sua atuação frente à pandemia de Covid-19, tendo sido condecorada em 2021 com o grau de Cavaleira da Ordem Nacional da Legião de Honra da França pelas ações tomadas pela Fiocruz para conter a doença no Brasil.

Foi ela, por exemplo, segundo o G1, quem liderou a criação de um centro hospitalar no campus de Manguinhos, no Rio de Janeiro, e aumentou a capacidade nacional de produzir kits de diagnóstico e de processamento de resultados de testagens.

Além disso, Nísia articulou com o Ministério da Saúde, a Universidade de Oxford e a biofarmacêutica Astrazeneca a transferência de tecnologia para produção e distribuição de vacinas contra a Covid-19. Ela também criou um observatório que acompanha periodicamente os dados sobre a evolução da pandemia no País.

Em entrevista ao O Globo em 2020, quando o atual Governo Federal adotava um discurso negacionista contra a doença, a futura ministra defendeu as campanhas de vacinação e o uso de máscaras como medidas preventivas.

FORMAÇÃO E ATUAÇÃO NA FIOCRUZ
Nísia é graduada em ciências sociais pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), mestre em ciência política e doutora em sociologia. Ela está à frente da Fiocruz desde 2017, também como a primeira mulher a chegar ao cargo mais alto da instituição, mas é servidora de carreira do órgão desde 1987.

Entre suas principais contribuições para a fundação, estão a criação do Museu da Vida, que é o museu de ciência da Fiocruz, e a implementação da rede SciELO Livros.

Fonte: Diário do Nordeste


 

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