terça-feira, 22 de novembro de 2022

O que está em jogo em 2022 para a disputa pela Prefeitura de Fortaleza em 2024


A eleição de 2022 ainda nem esfriou, mas já tem pano pra manga da disputa em 2024. A eleição de Lula (PT) como presidente da República, a vitória de Elmano (PT) como governador do Ceará, o desempenho dos eleitos para o Poder Legislativo e, claro, os derrotados neste ano compõem o cenário básico onde devem se movimentar as figuras-chave da política cearense para os próximos dois anos.

Nesse tempo, por óbvio, muita coisa pode acontecer, mas até março de 2024, que é geralmente o período da janela partidária, por exemplo, estaremos de olho nas figuras que se destacaram em 2022 e que se preparam para ser testadas no meio político de 2023. As definições que teremos a partir de então dependerão de como elas chegarão até as mesas de negociação pré-eleitorais.

E não é só de resultado das eleições recentes que essa conta é feita. Nas próximas semanas, outros movimentos já em curso serão importantes para o terreno que teremos em 2024, como a eleição da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa e, mais ainda, da Mesa Diretora da Câmara Municipal de Fortaleza. 

1) A VITÓRIA DE CAMILO E ELMANO 
Independentemente de qual fosse o resultado das eleições de 2022 nas urnas, o cenário que se desenhava para os quatro anos seguintes representaria uma mudança nos pilares da política até então.  

Pela primeira vez, tivemos três candidaturas competitivas, de nomes fortes: Elmano (PT), Capitão Wagner (União) e Roberto Cláudio (PDT).  

O racha de PT e PDT para definição da chapa abalou as expectativas de continuidade do Governo. Por quase toda campanha, Capitão Wagner liderou as intenções de voto. Mas, no decorrer da disputa pela possível segunda vaga no 2º turno, viu-se o crescimento de Elmano, com a força dos padrinhos políticos Lula e Camilo, e a queda de Roberto Cláudio, ao lado do então candidato à Presidência Ciro Gomes, desacreditado e abandonado por boa parte de históricos aliados, inclusive do próprio PDT. 

2) DEU LULA NA DISPUTA PELA PRESIDÊNCIA 
Se teve um discurso repetido por Camilo Santana na estratégia de pedir votos na campanha eleitoral, foi o de dizer o quanto seria importante ter um governador e um presidente aliados, de preferência, claro, do mesmo partido. O ex-governador se ressente de, em oito anos de mandato, ter tido menos de dois de parceria plena, no então governo de Dilma Rousseff (PT), que sofreu um impeachment em 2016.  


3) E LUIZIANNE LINS? 
Não dá para falar em PT e eleições municipais em Fortaleza sem tratar do papel da ex-prefeita e deputada federal eleita para o terceiro mandato, Luizianne Lins. Desde que deixou a Prefeitura, em 2012, ela disputou o cargo novamente em 2016 e 2020. Em ambos os pleitos, ficou em terceiro lugar.

Em 2016, pouco antes de o partido amargar o impeachment de Dilma, a candidatura em Fortaleza foi homologada com a presença de Lula. O hoje governador eleito, Elmano de Freitas, era o então candidato a vice de Luizianne, após ter sido derrotado em 2012 por Roberto Cláudio. 

4) IZOLDA CELA 
A consolidação da relevância política da primeira mulher governadora do Ceará tem se mostrado, em dentre outras atuações, no fortalecimento de seu nome como possível ministra da Educação do Governo do Lula. 

A sondagem não é de agora, mas, nos últimos dias, ganhou apelo público entre nomes fortes das políticas públicas de educação no País. 

4) E ROBERTO CLÁUDIO? 
Quem também está sob uma atmosfera de expectativa sobre o uso da bagagem política em um futuro próximo é Roberto Cláudio. Desde que ficou em terceiro lugar na disputa pelo Governo do Ceará, o ex-deputado e ex-prefeito de Fortaleza tem se mantido recluso de agendas públicas. 

5) SARTO E A POSSIBILIDADE DE REELEIÇÃO 
Sarto ainda tem dois anos de gestão pela frente, é bastante tempo para fortalecer seu papel como prefeito e demonstrar força para disputar uma campanha de reeleição. Na campanha de 2022, Sarto teve protagonismo aquém do esperado no que diz respeito a transferir apoio político.  

6) E CAPITÃO WAGNER? 
Sem mandato a partir de 2023, quando encerra a atuação como deputado federal, Capitão Wagner não tem muito a perder se engatar o pós-2022 numa pré-campanha à Prefeitura de Fortaleza. 

Fonte: Diário do Nordeste


 

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