quinta-feira, 20 de outubro de 2022

Lula se aproxima de evangélicos para tentar conquistar parte do eleitorado bolsonarista


O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (19) com evangélicos e garantiu que defenderá a liberdade de culto e que é contra o aborto, na tentativa de conquistar eleitores de um segmento no qual o seu adversário, Jair Bolsonaro (PL), é amplo favorito.

Faltando 11 dias para o segundo turno das eleições, Lula apresentou uma carta durante o encontro, realizado em São Paulo, na qual se comprometeu a manter o livre funcionamento dos templos religiosos, desmentindo afirmações falsas vindas do campo rival de que ele fecharia igrejas.

"Meu governo não adotará quaisquer atitudes que firam a liberdade de culto e de pregação ou criem obstáculos ao livre funcionamento dos templos", diz o texto.

Até 30 de outubro, o ex-presidente e favorito nas pesquisas tenta conseguir eleitores entre os evangélicos, que representam quase um terço dos 213 milhões de brasileiros e apoiam majoritariamente Bolsonaro.

Lula reafirmou no texto o seu posicionamento "contra o aborto", que alguns bolsonaristas colocam em dúvida e é uma preocupação entre os evangélicos, que se opõem a essa prática.

"Nosso projeto de governo tem compromisso com a vida plena em todas as suas fases [...] Sou pessoalmente contra o aborto", diz a carta.

Bolsonaro tem 65% das intenções de voto entre os evangélicos, contra 31% de Lula, de acordo com a última pesquisa do Instituto Datafolha divulgada na sexta-feira.

Essas estimativas contrastam com a liderança de Lula (49%) sobre o atual mandatário (44%) no eleitorado geral.

Além disso, o líder do Partido dos Trabalhadores (PT) encabeça as pesquisas de intenção de voto entre os católicos, que são cerca de metade da população, com 57% contra 37% de Bolsonaro, segundo o Datafolha.


 

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