sexta-feira, 2 de setembro de 2022

Bolsonaro é condenado por júri simbólico internacional por crimes contra a humanidade no Brasil


O presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, foi condenado nesta quinta-feira (1º), pelo júri simbólico do Tribunal Permanente dos Povos (TPP), por crimes contra a humanidade no Brasil e violação de direitos humanos no enfrentamento à pandemia de Covid-19. Informação está no G1.

A condenação é simbólica, ou seja, não tem efeito legal, mas repercute internacionalmente. Segundo o órgão, o presidente contribuiu diretamente para a morte dos 680 mil brasileiros que morreram devido à doença no País.

"Não há dúvida de que milhares de vida foram extintas [no Brasil] por efeitos das decisões do governo presidido por Jair Bolsonaro. (...) não se pode considerar que esse dolo foi eventual, uma vez que houve o resultado das mortes em massa com a intenção de privilegiar a economia em detrimento da vida humana", disse o Eugénio Raúl Zaffaroni, ex-ministro da Suprema Corte da Argentina e juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos, na leitura da sentença.

A condenação recomendou ainda que o caso seja levado ao Tribunal Internacional de Haia — uma corte internacional que julga denúncias de crimes de guerra e de crimes contra a humanidade —, na Holanda, e que Bolsonaro seja investigado por "constante crime de genocídio contra povos nativos do Brasil".

JÚRI SIMBÓLICO
O júri simbólico que condenou Bolsonaro foi formado por figuras como Luigi Ferrajoli, ex-juiz italiano e professor catedrático da Universidade de Roma; Alejandro Macchia e Eugenio Raúl Zaffaroni, da Argentina; Joziléia Kaingang, Rubens Ricupero, Vercilene Kalunga e Kenarik Boujakian, do Brasil; Boaventura de Sousa Santos e Luís Moita, de Portugal; Clare Roberts, de Antígua e Barbuda; Jean Ziegler, da Suíça; Nicoletta Dentico, da Itália, e Vivien Stern, da Grã-Bretanha.

Fonte: Diário do Nordeste


 

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