Eventual apoio do ex-governador ao candidato do PDT ao Governo do Estado, Roberto Cláudio, não fez parte das tratativas entre os Ferreira Gomes, em jantar na casa da serra da Meruoca, no interior do Ceará.
A informação sobre a reunião de Cid e Ciro foi noticiada pelo “Blog do Edison Silva” na última terça-feira (26).
A coluna confirmou o teor da conversa – inclusive o cardápio, de fato composto de macarronada à bolonhesa. Entre os temas na mesa, contudo, não esteve a campanha pedetista ao Abolição.
Ao longo do jantar com o irmão, que seguiu pela noite, o senador se comprometeu a entrar de vez na linha de frente da campanha de Ciro.
Embora não tenha estabelecido data para retomar a agenda pública – Cid submergiu há mais de três meses –, ele é esperado pelos pedetistas entre o fim do período de convenções e o início propriamente da campanha, a partir de 16 de agosto.
Um interlocutor assegurou que a relação entre os dois Ferreira Gomes continua a mesma, “sem cizânias”, e que Cid jamais teria se negado a trabalhar pela candidatura de Ciro.
Fonte de especulação, o sumiço de Cid foi um dos elementos de instabilidade decisivos para o fim da aliança entre PT e PDT, concretizado com o lançamento de RC e do petista Elmano de Freitas para o Governo.
Desde maio, o ex-governador não faz aparições, permanecendo recolhido em casa com a família. Lá, além de Ciro, o parlamentar recebeu Camilo Santana dias atrás, também para uma conversa sobre o quadro eleitoral no estado.
Camilo consultou Cid pessoalmente antes do anúncio de Elmano como candidato ao Executivo pelo grupo de legendas que haviam apoiado a reeleição de Izolda Cela, agora desfiliada do PDT.
Pelas redes sociais na véspera da votação do PDT, Ivo Gomes, prefeito de Sobral, chegou a se declarar a favor da recondução da governadora e a dizer que Cid compartilhava do mesmo posicionamento pró-Izolda.
A mandatária, no entanto, foi preterida na legenda em processo interno, do qual RC saiu vencedor em 18 de julho.
Mesmo com sinalização de Cid de que irá para a rua fazer a campanha de Ciro, a dúvida agora é se o senador também deve pedir voto para Roberto Cláudio, a quem lançou para a Prefeitura de Fortaleza, ainda em 2012.
Desde que o ex-prefeito foi homologado candidato, no último domingo (24), Cid não tem se manifestado, nem pelas redes, como fez quando Ciro foi oficializado como postulante do PDT ao Planalto, uma semana atrás.
Naquela quarta-feira (20), o senador escreveu no Twitter: “O PDT oficializou hoje a candidatura do meu irmão, Ciro Gomes, à presidência da República. Além de ser o mais preparado, Ciro é o único que tem um projeto para o Brasil e que pode superar essa polarização nefasta que vem destruindo nosso país. É Ciro presidente!”.
De lá para cá, RC foi lançado à sucessão de Izolda e a própria governadora anunciou que está deixando o partido de Cid. Nenhum dos episódios mereceu comentário do pedetista.
Em entrevista ao programa “Jogo Político” nessa terça-feira (26), o presidente estadual do PDT, André Figueiredo, afirmou ter procurado fazer contato com Cid, “mas a mensagem sequer chega no WhatsApp”.
Fonte: O Povo
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