Pré-candidata ao Planalto, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) rejeitou, ontem, a possibilidade de participar da corrida eleitoral como vice e minimizou as críticas que sua indicação tem recebido por caciques da legenda. Na avaliação da parlamentar, o partido "vai entrar em uma fragmentação" caso apoie o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o presidente Jair Bolsonaro (PL), em detrimento de candidatura própria.
"Não sou candidata à vice-presidência. Ao abrir mão da pré-candidatura e aceitar o papel de vice, eu estaria diminuindo o espaço das mulheres na política. Se eu não pontuar a ponto de ser cabeça de chapa, não vou ajudar sendo vice. Vou estar nesse palanque como cabo eleitoral", afirmou Tebet, em sabatina organizada pela Folha de S.Paulo.
Nos bastidores do MDB, uma das opções discutidas para a candidatura do autoproclamado centro democrático — formado por União Brasil, MDB, PSDB e Cidadania — é uma chapa encabeçada pelo ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite (PSDB) — passando por cima do ex-gestor paulista João Doria, atual pré-candidato tucano —, com Tebet como vice.
A senadora, porém, refuta essa possibilidade, reforça que as discussões ainda estão em andamento e que os nomes que integrarão a chapa única só serão anunciados em 18 de maio. "Antes disso, nada pode ser feito e nada pode ser cobrado", acrescentou.
Parte do MDB teme que a candidatura de Tebet repita o fiasco do ex-ministro da Fazenda Henrique Meirelles em 2018. Ele obteve apenas 1,2% dos votos para o Planalto. Questionada a respeito dessa preocupação, Tebet defendeu que, ao contrário de Meirelles, não é candidata "por si própria" e que foi chamada pelo partido para entrar na disputa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário