O presidente do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação), Marcelo Lopes da Ponte, relatou à CGU (Controladoria-Geral da União) que o pastor Arilton Moura fez “insinuações” de pagamento de propina durante encontros entre os dois no ano passado.
“As insinuações do sr. Arilton nunca trataram de números, mas sim de frases como ‘me ajude que eu te ajudo'”, afirmou Ponte em depoimento prestado aos auditores do governo federal em outubro do ano passado.
A conclusão de uma investigação da CGU sobre suspeitas de irregularidades no Ministério da Educação foi compartilhada nesta terça-feira (12) com o Supremo Tribunal Federal, onde tramita inquérito sob a relatoria da ministra Cármen Lúcia acerca do caso.
De acordo com o dirigente do FNDE, ao cumprir viagens a estados e municípios, ele ouvia de “parlamentares, prefeitos, assessores etc, que o sr. Arilton prometia ao município algum tipo de benefício” como resultado de visitas institucionais realizadas em Brasília.
Prefeitos apontam a existência de um balcão de negócios na pasta da Educação para liberar verbas do FNDE. Tal balcão seria operado por pastores ligados ao presidente Jair Bolsonaro (PL). Segundo administradores municipais, o esquema priorizava a liberação de valores para gestores próximos a pastores e a prefeituras indicadas pelo centrão, bloco de sustentação ao governo.
Fonte: O Otimista
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