terça-feira, 5 de abril de 2022

Eduardo Bolsonaro é acionado no Conselho de Ética por ataques a Míriam Leitão


O PSOL protocolou uma representação no Conselho de Ética da Câmara em que pede a cassação do mandato do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) devido a uma publicação no Twitter em que o parlamentar ironiza a tortura sofrida pela jornalista Míriam Leitão, do jornal O Globo, durante a ditadura militar.

O PC do B também entrará com uma representação contra o filho do presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo mesmo episódio. No domingo (3), Eduardo publicou nas redes sociais a imagem da última coluna da jornalista e escreveu: “Ainda com pena da [emoji de cobra]”.

Políticos de diferentes espectros divulgaram mensagens de solidariedade à Míriam Leitão e, agora, os partidos decidiram pedir a cassação do mandato do deputado. O deputado Orlando Silva (PC do B-SP) afirma que é necessário a Câmara punir o parlamentar “por respeito à democracia, à sociedade e às mulheres”.

Na representação, o PSOL diz que Eduardo “abusou, de forma machista e misógina, de suas prerrogativas parlamentares”. “O representado atentou contra a Constituição ao fazer uma apologia direta da tortura”, afirma a peça. O deboche do deputado se originou após a jornalista compartilhar seu texto na rede social.

O presidenciável Ciro Gomes (PDT) afirmou que é difícil saber “quem é o pior dos torturadores. O que fere primeiro ou o que reacende a chaga da memória sempre aberta de um torturado”. Segundo o ex-governador do Ceará, ao debochar de Miriam Leitão “o verme Eduardo Bolsonaro nos provoca esta sombria reflexão”.


 

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