Por motivos diferentes, a educação e a segurança pública foram áreas que ganharam destaque no Governo Camilo Santana (PT). Nos últimos sete anos e três meses, o Governo do Ceará acumulou bons resultados na educação e precisou conter crises constantes na segurança.
Com a proximidade do fim do Governo Camilo e diante de um ritmo intenso de trabalho, nas vésperas da renúncia do mandatário, as duas áreas reaparecem, agora, concentrando as derradeiras inaugurações do governo do petista.
Além de constatar que as entregas de obras estaduais quadruplicaram desde o início do ano, levantamento realizado pelo Diário do Nordeste mostra ainda que, dos 52 equipamentos públicos inaugurados pelo Governo do Ceará, 25 estão nas áreas de educação e segurança pública.
Para o cientista político Cleyton Monte, professor universitário e pesquisador do Laboratório de Estudos sobre Política, Eleições e Mídia (Lepem), da Universidade Federal do Ceará, principalmente a educação e a segurança pública devem ser amplamente exploradas na campanha eleitoral deste ano, tanto pelo grupo governista quanto pelo oposicionista.
“São investimentos estratégicos. A educação é a grande marca desse grupo, principalmente com investimentos em escolas de tempo integral, então será a grande marca dele na disputa pelo Senado e também do candidato governista”, aponta.
“Já (os investimentos) na segurança são também uma tentativa de neutralizar o discurso da oposição, que vem forte, com coligação competitiva, recursos e bases no Interior. Existe uma percepção de crescimento da violência, (então) a ideia do governador é deixar claro que o Governo não se omitiu”, acrescenta Monte.
O DESAFIO DA SEGURANÇA
Quando Camilo Santana assumiu o Governo do Ceará, em 2014, a relação com as forças estaduais da segurança pública já estava desgastada desde o motim da Polícia Militar, em 2012, ainda sob o Governo Cid Gomes (PDT). O petista então passou a investir na reaproximação com os militares, mas acabou acumulando crises.
Os índices de violência passaram por reduções drásticas em alguns anos e aumentos radicais logo em seguida. Mas a crise mais forte surgiu justamente dentro da corporação em 2020, com um novo motim dos agentes.
Quando questionado sobre a segurança pública estadual, o governador costuma ressaltar os investimentos feitos na área.
Fonte: Diário do Nordeste
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