Pelo menos dez prefeitos atestam que pastores atuaram na intermediação de recursos ou no acesso direto ao ministro da Educação, Milton Ribeiro. Desse grupo, três já admitiram que ouviram pedido de propina em troca da liberação de verbas federais para escolas. Eles serão intimados a prestar depoimento à Polícia Federal. O caso foi revelado pelo Estadão.
No que foi o relato mais forte até agora de como o esquema era operado no MEC para facilitar a liberação de recursos no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), o prefeito de Luis Domingues (MA), Gilberto Braga, contou que lhe pediram propina em ouro. Ele se referia ao pastor Arilton Moura que atuava em parceria com o também pastor Gilmar Santos.
"Ele (Arilton) disse que tinha que ver a nossa demanda, de R$ 10 milhões ou mais, tinha que dar R$ 15 mil para ele só protocolar (a demanda no MEC). E, na hora que o dinheiro já estivesse empenhado, era para dar um tanto, X. Para mim, como a minha região era área de mineração, ele pediu 1 quilo de ouro". Na quinta-feira, 24, Braga divulgou nota pública confirmando a denúncia publicada pelo Estadão.
Veja quem são os prefeitos que admitiram ter tido acesso ao ministro apenas por conta da intermediação dos pastores ou ainda relatado pedidos de propina feitos pelos religiosos. Relataram proposta de propina:
- Gilberto Braga - Luis Domingues (MA)
- Kelton Pinheiro - Bonfinópolis (GO)
- José Manoel de Souza - Boa Esperança do Sul (SP)
Só chegaram ao MEC por meio dos pastores:
- Nilson Caffer - Guarani D'Oeste (SP)
- Adelícia Moura - Israelândia (GO)
- Laerte Dourado - Jaupaci (GO)
- Doutor Sato - Jandira (SP)
- Fabiano Moreti - Ijaci (MG)
- André Kozan - Dracena (SP)
- Edmario de Castro Barbosa - Ceres (GO)
Fonte: O Povo
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