quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

Lula e Alckmin podem fazer campanha em dois palanques em São Paulo


Diante do impasse nas negociações para que PT e PSB estejam juntos no palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, dirigentes dos dois partidos já admitem que uma eventual chapa do petista com Geraldo Alckmin de vice pode levar a uma situação inusitada em São Paulo. Como o PT insiste em lançar Fernando Haddad ao governo paulista e o PSB não abre mão da candidatura de Márcio França, a solução, caso não haja acordo nacional entre os dois partidos, seria Lula fazer campanha com Haddad e Alckmin subir no palanque de França.


Por esse raciocínio, que agrada a pessebistas e petistas ouvidos pela reportagem, todos sairiam ganhando. Há no PT, porém, quem defenda que Alckmin se filie a outro partido para ser vice de Lula, sendo o PV e o Solidariedade opções - ambos já sinalizaram interesse na filiação do ex-tucano.

Segundo relato de participantes, na última reunião entre Lula e o PSB, na semana passada, um acordo chegou a ser colocado na mesa: em maio de 2022 os partidos fariam uma pesquisa qualitativa em São Paulo para saber quem estaria melhor colocado, Haddad ou França. E o pior colocado abriria mão da candidatura.

Federação esbarra na eleição municipal

As conversas entre PT, PSB e PCdoB para formação de uma federação partidária em 2022 enfrentam novos obstáculos: as eleições municipais de 2024 e a composição da direção. Os dirigentes não conseguiram chegar a um acordo sobre como seria a representação de cada legenda no comando da agremiação nem como seriam escolhidos os candidatos a prefeito.

Há o temor de que o PT imponha uma maioria que relegue às demais agremiações o papel de "satélites". O PSOL já se afastou das negociações com o PT e prioriza formar federação com a Rede. Procurada, a assessoria do PT afirmou que estes assuntos só entrarão em debate em janeiro.

Fonte: O Povo


 

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