Enquanto centenas de brasileiros se aglomeravam em filas de açougues para garantir doações de ossos, o Ministério da Defesa dobrava as refeições feitas com filé mignon e picanha no órgão e nas unidades das Forças Armadas. O custeio dos itens, que se tornaram de luxo para grande parte das famílias brasileiras, veio de recursos liberados para ações de enfrentamento da covid-19. A descoberta foi feita por meio de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU).
Foram R$ 535 mil gastos da ação orçamentária denominada “21Co-Enfrentamento da Emergência de Saúde Pública de Importância Internacional decorrente do Coronavírus”. As informações foram elencadas no levantamento feito pela Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog), obtido pelo jornal Folha de S. Paulo.
O TCU investigava supostas irregularidades na aquisição de alimentos desde 2017 e, ao chegar nas contas de 2020, os técnicos se surpreenderam com os gastos das Forças Armadas. Os auditores esperavam que pelo regime telepresencial, os gastos com alimentação seriam reduzidos, como foi constatado nos ministérios da Educação e da Saúde, no entanto, as despesas dobraram.
Não há justificativa razoável, diz relatório do TCU
Para chegar ao levantamento de gastos desnecessários, os auditores definiram como itens não essenciais aqueles que não asseguravam o desempenho das funções dos servidores. Entre eles, estão bacalhau, salmão, camarão e bebidas alcoólicas. Estes foram gastos com os recursos ordinários da pasta.
Fonte: Correio Braziliense
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