O ex-presidente Lula (PT) e o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumpriram, ao mesmo tempo, agendas internacionais durante esta semana. Enquanto o petista circula pela Europa, visitando lideranças de países como Bélgica, Alemanha, França e Espanha, Bolsonaro foi ao Oriente Médio, onde passou por Catar, Bahrein e Emirados Árabes Unidos, participando de eventos e celebrando acordos bilaterais com os governos locais.
A menos de 12 meses para as eleições presidenciais, especialistas ouvidos pelo O POVO comparam os comportamentos dos dois, a relação deles com os líderes estrangeiros, e o capital político demonstrado por ambos nos últimos dias.
Lula e Bolsonaro utilizam viagens como forma de demonstrar prestígio internacional dentro do país, lembra Marcos Paulo Campos, professor da Universidade Estadual Vale do Acaraú (UVA), de Sobral.
No Oriente Médio, Bolsonaro transitou por países nos quais os negócios ligados ao petróleo são importantes, mas que têm regimes políticos autoritários, o que na avaliação de Campos, acaba não dialogando muito com a base bolsonarista, pois as pesquisas de opinião têm demonstrado que a população brasileira prefere a democracia. A ideia é, inclusive, usada pelo presidente quando ele opta por criticar governos petistas pela proximidade com o governo venezuelano e com o regime cubano.
Na quarta-feira, 17, o líder francês recebeu Lula no Palácio Eliseu com honrarias de Estado para discutir temas globais "absolutamente fundamentais", segundo o próprio governo francês.
No que diz respeito a Bolsonaro, o professor ressalta que as conexões internacionais do governo atual sempre foram mais direcionadas para países desenvolvidos, como os Estados Unidos, e agora o Oriente Médio ascende na lista de prioridades internacionais do mandatário.
Fonte: O Povo
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