A existência de empresas do ministro da Economia, Paulo Guedes, e do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em paraísos fiscais colocou a dupla no centro de suspeitas envolvendo conflitos de interesse. A informação faz parte de uma investigação revelada por um consórcio internacional de jornalismo investigativo, neste domingo (3). No Brasil, a revista Piauí, o jornal El País e o site Poder 360 tiveram acesso a documentos que comprovam a existência das empresas.
De acordo com a revista, em 25 de setembro de 2014, Guedes – à época sócio da gestora de recursos Bozano Investimentos – abriu a Dreadnoughts International, uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal no Caribe. Após aquele dia, ele depositou na conta 9,55 milhões de dólares. Em 2014, o montante valia R$ 23 milhões. Contudo, devido à alta de 39% da taxa de câmbio desde que o próprio Guedes virou ministro, atualmente, a mesma quantia equivale a R$ 51 milhões.
OFFSHORE
Offshore é o termo para definir uma empresa aberta no exterior, normalmente nos países conhecidos como “paraísos fiscais”, onde as regras tributárias são menos rígidas e não é necessário declarar o dono, nem a origem e o destino dos recursos.
Fonte: Diário do Nordeste
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