quarta-feira, 6 de outubro de 2021

De Camilo a Capitão Wagner, como as forças políticas se articulam no Ceará para 2022


A cerca de um ano das eleições, forças governistas e de oposição já começaram a testar nomes e articular chapas para o próximo pleito. Entre aliados do governador Camilo Santana (PT), que buscará eleger o sucessor, a composição aparece mais indefinida, tanto em seu próprio partido quanto no grupo político a que pertence. Com uma ampla base de apoio, o governador terá de equacionar interesses divergentes para manter os aliados de hoje. 

Já na oposição, o nome do deputado federal Capitão Wagner (Pros) vem atraindo opositores e ganhando força entre aqueles que se opõem, principalmente, ao grupo liderado por Cid e Ciro Gomes (PDT) no Estado. Diferentemente de quando concorreu no ano passado, Wagner agora aproxima-se da imagem do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em busca de eleitores. 

PDT
Partido com mais influência em cidades cearenses, o PDT é também o nome que chega mais forte para a disputa do próximo ano. Apesar do atual governador ser petista, ele tem uma aliança histórica com os pedetistas Ciro e Cid Gomes (PDT). 

PT
Uma das principais variáveis nas articulações do PDT – e que pode gerar dificuldade para o ex-prefeito – é o PT . O impasse ocorre por causa do cenário nacional. Petistas e pedetistas devem estar em lados opostos na eleição presidencial, com o ex-presidente Lula e o ex-ministro Ciro Gomes na disputa. Além disso, as críticas de Ciro a Lula incomodam petistas e tensionam a relação.  


PSD
Responsável por 28 prefeituras cearenses, o PSD tem duas lideranças fortes no Estado: o ex-vice-governador Domingos Filho e seu filho, Domingos Neto. A dupla tem grande peso político e é cortejada por integrantes tanto da base quanto da oposição. 

MDB
Mesmo com essa “perda de musculatura”, o MBD, sigla liderada no Ceará pelo ex-senador Eunício Oliveira, segue como a terceira maior do Estado em número de prefeituras. 

PP
Outra força política no Ceará é o PP, comandado pelo deputado federal AJ Albuquerque e pelo pai, o secretário de Cidades do Estado, Zezinho Albuquerque, que está no PDT, mas pode se filiar à sigla progressista. 

OPOSIÇÃO
Enquanto a base governista vive uma conjuntura de indefinição, a oposição reforça o nome do deputado federal Capitão Wagner para disputar o Palácio da Abolição. O parlamentar tem feito viagens a cidades do Interior em busca de apoio e acenado para aglutinar nomes em oposição a Cid e Ciro Gomes no Estado. 

Uma alternativa entre o grupo oposicionista é o senador Eduardo Girão (Podemos), aliado de primeira ordem de Wagner que tem ganhado destaque nacionalmente com a CPI da Covid-19. 

Na Praça Portugal, Wagner defendeu a continuidade do projeto nacional de Boslonaro aqui no Ceará, tendo um “capitão lá (em Brasília) e outro aqui". No ato, o parlamentar recebeu apoio de outros aliados do presidente no Estado, como os deputados Soldado Noélio (Pros) e Delegado Cavalcante (PTB). 

Fonte: Diário do Nordeste


 

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