quinta-feira, 7 de outubro de 2021

Bolsonaro diz que vai depor presencialmente em inquérito sobre interferências na PF


Minutos antes do início da sessão desta terça-feira (6) no Supremo Tribunal Federal (STF), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), por meio do advogado-geral da União, Bruno Bianco Leal, encaminhou ao ministro Alexandre de Moraes a informação de que prestará pessoalmente o depoimento à Polícia Federal (PF) no inquérito "Bolsonaro x Moro".

O inquérito apura se houve interferência política do chefe do Executivo na corporação. Alexandre de Moraes solicitou, portanto, a suspensão do julgamento para avaliar se a pauta foi prejudicada.

INTERFERÊNCIA DE BOLSONARO NA PF
Moraes determinou, em julho deste ano, que a PF retomasse as investigações sobre a suposta tentativa de interferência política do presidente na corporação. Na ocasião, o ministro apontou a "necessidade de realização de diligências pendentes para o prosseguimento das investigações", mesmo que o plenário não tenha decidido o modo de coleta das declarações.

O depoimento de Bolsonaro era a única etapa que faltava para a conclusão do inquérito. Assim que for finalizado, o relatório da PF será enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR), a quem cabe decidir se há provas suficientes para a apresentação de uma denúncia contra Bolsonaro.

CRISE E TRÉGUA
A antecipação de Bolsonaro à decisão do Supremo e o indicativo de cooperação em uma pauta que, possivelmente, elevaria a tensão entre os Poderes surge no momento de recuo tático do Planalto nos ataques à instituição e seus ministros.


Fonte: Diário do Nordeste


 

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