quinta-feira, 23 de setembro de 2021

Vereadores que miram vaga de deputado em 2022 apostam em disputa sem coligações


Vereadores de Fortaleza que pretendem disputar vagas de deputado federal ou estadual nas eleições de 2022, avaliam que a reforma eleitoral sem a volta das coligações proporcionais, aprovada nesta quarta-feira (22) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, não deve atrapalhar as estratégias políticas do próximo ano. 

Os parlamentares que já foram eleitos sem coligações no ano passado dizem preferir que a regra atual seja mantida nas eleições proporcionais, ou seja, para os cargos de vereador e deputado. Alguns avaliam ainda que tratar do assunto no Congresso Nacional após menos de um ano de implementação da proibição das coligações pode confundir o eleitor.

COLIGAÇÕES
Levantamento feito pelo Diário do Nordeste ainda em julho mostra que pelo menos 13 vereadores - 30% da composição da Câmara de Fortaleza - conversam com os respectivos partidos e articulam nos bastidores candidaturas à Assembleia Legislativa ou à Câmara dos Deputados em 2022.

Em agosto, a Câmara aprovou a volta das coligações proporcionais para o ano que vem. Na CCJ do Senado, o tema chegou por meio da mesma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), que foi aprovada na comissão. O ponto que trata sobre as coligações, porém, foi rejeitado no texto.

A expectativa é que o entendimento seja mantido no plenário do Senado. Por ser uma alteração na Constituição, a proposta precisa ser aprovada em dois turnos por, pelo menos, 49 senadores. A relatória da matéria na CCJ é da senadora Simone Tebet (MDB-MS).

REPERCUSSÃO NA CÂMARA
Pré-candidato a um assento na Assembleia Legislativa do Ceará, o presidente da Câmara de Fortaleza, vereador Antônio Henrique (PDT), avalia que não haverá dificuldades em manter o fim das coligações.

"Há uma valorização do partido, os partidos devem, sim, construir suas chapas para poder ter o número de parlamentares eleitos e a decisão que está sendo tomada em Brasília deve ser mantida tendo em vista que já ocorreu em 2020 e os vereadores já passaram por esse experiência", salienta o parlamentar, que preside pela segunda vez a Casa. 

A mesma avaliação é feita pelo líder da oposição, Márcio Martins (Pros). "É muito válido que a gente possa defender esse modelo de eleição mais justa. Nós, vereadores, fomos submetidos a esse modelo, votado por eles, e agora querem mudar novamente?", questiona o vereador. 


 

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