O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) encaminhou ao governo da África do Sul o nome do ex-prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (Republicanos) para que ele assuma o posto de embaixador do Brasil no país.
A informação, revelada pelo Correio Braziliense e confirmada pela Folha de S.Paulo por um integrante do governo, já causa mal-estar entre diplomatas, que veem a indicação como uma manobra em benefício do presidente. O nome de Crivella ainda depende do aval do governo sul-africano, em processo que corre em sigilo. Portanto, não há confirmação oficial até a resposta do país anfitrião.
Caso a África do Sul responda positivamente, a indicação é oficializada, e o ex-prefeito precisa passar por sabatina na Comissão de Relações Exteriores do Senado. A presidente da comissão, a senadora Kátia Abreu (PP-TO), informou que só comentará a indicação quando ela for oficializada.
ESQUEMA DE COBRANÇA DE PROPINA
Crivella foi preso em 22 de dezembro, denunciado como chefe de um suposto grupo criminoso que teria instituído um esquema de cobrança de propina na prefeitura.
Ele chegou a passar uma noite no presídio de Benfica, na zona norte do Rio, mas foi autorizado a cumprir prisão domiciliar no dia seguinte. Após a denúncia, Crivella foi afastado da prefeitura até o fim de seu mandato. Candidato à reeleição com o apoio de Bolsonaro, ele perdeu a disputa para Eduardo Paes (DEM).
Em fevereiro, a juíza Paula Fernandes Machado, responsável pelo plantão no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, expediu alvará de soltura do ex-prefeito. Segundo o tribunal, a magistrada atendeu decisão dada no dia anterior pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Gilmar Mendes.
MEMBRO 'TERRIVELMENTE EVANGÉLICO' NO STF
Bolsonaro também prometeu escolher um nome "terrivelmente evangélico" para assumir a vaga no STF que será aberta em 5 de julho, com a aposentadoria do ministro Marco Aurélio Mello. Embora o presidente ainda não tenha batido o martelo, o nome mais forte na bolsa de apostas é o de André Mendonça, titular da AGU (Advocacia-Geral da União). Ele é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança de Brasília.
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