O Governo Federal está avaliando oferecer um microcrédito para beneficiários do Bolsa Família. A ideia seria liberar empréstimos de R$ 500 a R$ 1 mil, na tentativa de substituir o auxílio emergencial em 2021. A origem do dinheiro ainda está indefinida, mas o orçamento inicial do programa não deve passar de R$ 2 bilhões. Uma das opções é direcionar os recursos do orçamento da União para o programa. No caso, o fundo seria estruturado nos moldes do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Por outro lado, a equipe econômica também avalia se o risco de crédito será 100% do fundo ou se será dividido com a Caixa Econômica.
Empréstimo para Bolsa Família
Durante os estudos da concessão do empréstimo para Bolsa Família, a equipe técnica econômica do Governo teme que o empréstimo se torne um incentivo de consumo imediato, o que não é a proposta do programa. Se isso acontecer, o número de beneficiários inadimplentes poderá ser grande.
O empréstimo para Bolsa Família, na verdade, tem a finalidade do uso consciente. “Se todos os beneficiários do Bolsa Família receberem esse crédito automaticamente, sem ter acesso aos cursos de educação financeira e aos conceitos do microcrédito, isso se torna um crédito direto ao consumidor”, disse o ministro da Cidadania, Onyx Lorezoni. Além do empréstimo para Bolsa Família, o Ministério já tem outros créditos para beneficiários do programa e inscritos no Cadastro Único. Para ter acesso a eles, porém, é necessário fazer cursos de capacitação, disponibilizados gratuitamente pela própria pasta. Somente depois, os recursos do microcrédito orientado são liberados por meio do programa Progredir.
No entanto, segundo os técnicos no ministério, a adesão a este tipo de modalidade é baixa. A procura pelos cursos é pouca e os beneficiários do Bolsa Família e inscritos no Cadastro Único não têm incentivo para se capacitar. Consequentemente, as instituições financeiras recebem pouca demanda.
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