Na tentativa de garantir imunização contra a Covid-19 de forma ágil, o Ceará entrou na corrida para negociar a aquisição da vacina CoronaVac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac, em parceria com o Instituto Butantan, de São Paulo. Ontem, o governador Camilo Santana (PT) anunciou nas redes sociais que tem mantido conversas com o governador de São Paulo, João Dória (PSDB), e com o Butantan, para assegurar a compra. O informe veio no mesmo dia em que o Governo de São Paulo declarou que 4 milhões de doses da CoronaVac serão vendidas para outras regiões do País. O imunizante ainda está na fase três dos testes clínicos, na qual a eficácia precisa ser comprovada antes de ser liberada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Camilo Santana afirmou ainda que tem uma reunião presencial marcada na próxima segunda-feira (14), em São Paulo.
Até então, o Governo do Ceará já havia manifestado interesse na aquisição de vacinas produzidas pela universidade britânica de Oxford, desenvolvida com o laboratório AstraZeneca, e no Brasil, replicada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A substância também está na fase três de testes. A projeção em outubro era de que a vacinação no Estado poderia ocorrer até julho de 2021.
A vacina de Oxford também é a aposta do Governo Federal, que espera que a Fiocruz, caso a substância seja aprovada, garanta 100 milhões de doses ao Brasil que deverão ser distribuídas até o fim do primeiro semestre de 2021. Segundo o Ministério da Saúde além desse fornecimento, também há expectativa de receber 42,5 milhões de doses da Covax Facility, da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Segmentação
A atuação do Ministério da Saúde tem sido alvo de críticas pela falta de articulação para adquirir os imunizantes de forma ágil. Na pandemia, em um movimento não convencional, os governos estaduais e até municipais têm firmados parcerias próprias com projetos de vacinas para tentar garantir aquisições de doses, em uma iniciativa "complementar" à do Ministério da Saúde, cujo foco tem sido a vacina de Oxford.
No caso da produção do Instituto Butantan, em São Paulo, segundo declarado ontem pelo governador João Doria, oito estados já manifestaram interesse na compra do imunizante.
Fonte: Diário do Nordeste
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