É inacreditável o que estar acontecendo no
Congresso Nacional, mesmo com todas as dificuldades que o cidadão brasileiro
vivencia, esta Casa Legislativa parou para discutir uma reforma política que
tem por fim colocar R$ 3.600.000.000,00 (três bilhões e seiscentos milhões de
reais) na conta dos senhores políticos.
É inaceitável que depois de tudo que ocorreu, a
queda de uma presidente; do maior escândalo de corrupção do mundo; prisões;
crises institucionais; crise econômica com 14 (quatorze) milhões de
desempregados; enfim, talvez no pior momento de nossa República, a preocupação do
nosso Congresso seja o financiamento público de campanha, mas, até mesmo, para
esta insanidade que é direcionar dinheiro público para financiar campanhas
políticas, há soluções que não, necessariamente, teriam que impor mais sacrifício
e vergonha ao cidadão brasileiro.
A solução é simples e de fácil execução, seria a
criação de um fundo para financiamento das campanhas políticas em que o recurso
viria de um percentual pré-estabelecido a ser descontado da remuneração de
todos os cargos de mandatos eletivos do País, ou seja, proviria do elevado dinheiro
público que já é gasto com a classe política. Assim, ela mesma financiaria suas
campanhas, acabando com a promiscuidade do financiamento privado e com a
imoralidade de destinar mais dinheiro público para campanhas de homens públicos
totalmente desacreditados.
A conta é fácil, são 57.931 vereadores; 5.564
prefeitos; 5.564 vice-prefeitos; 1.059 deputados estaduais; 513 deputados
federais; 81 senadores; 27 governadores; 27 vice-governadores; 01 presidente e
01 vice-presidente, totalizando 70.768 cargos relativos a mandato eletivo, logo,
custeados pelo erário.
Fazendo uma projeção hipotética, se fosse
descontado 500 (quinhentos) reais da remuneração de cada detentor de mandato
eletivo, se arrecadariam 35 milhões a cada mês; 424 milhões em um ano; R$ 1.700.000.000,00
(um bilhão e 700 milhões de reais) em quatro anos; portanto, resolveria com
folga o financiamento das campanhas políticas, porém, caso, ainda, alguém afirmasse
ser insuficiente, poderia se incluir os cargos comissionados nessa conta.
A solução é fácil! Entretanto, lembro que
qualquer pessoa que deseja fazer um projeto de vida, uma carreira, seja como
empresário ou como profissional, precisa fazer investimentos, muitas vezes,
vendendo um carro, valendo-se da ajuda da família pagar uma faculdade, o
mestrado, etc.
Enfim, não
tem sentido o povo brasileiro financiar projeto de político, se, pelo menos, fossem
homens de bem, comprovadamente, homens de bem, poderia se cogitar, mas sem
retirar dos poucos recursos deste Pobre País Rico, que, apesar de ter a
população que mais paga imposto no mundo, não logra reverter a arrecadação tributária nos
devidos benefícios sociais, pensados pelo nosso Constituinte.
Ademais, nos deparamos com o absurdo de atestar a
diminuição de R$10 (dez reais) de um salário mínimo que sequer foi
implementado!
Desta feita, concluo, o Congresso Nacional deveria
ter vergonha de propor esta reforma imoral.
Carlos Frederico não lhe conheço pessoalmente mas to sempre ligado no seu programa, essa sua proposta é a coisa mais correta que já ouvi nesses ultimos tempos em que vivemos essa política de candidatos que só querem ver o lado de tirar vantagens pra si próprio (pra não chamar de robalheiras), voce tá de parabéns vou divulgaresse seu texto onde eu estiver discutindo política.
ResponderExcluirAbraços
Alber Pontes