O "departamento da propina" da Odebrecht não teria sido usado só para beneficiar agentes públicos. Executivos declararam em delação que também fez pagamentos irregulares ao setor privado. Os beneficiários teriam sido representantes da Santa Casa do Rio e da Light, além de um advogado e um empresário.
A tratativa mais trabalhosa, de acordo com os relatos, ocorreu junto a Dahas Zarur, ex-provedor da Santa Casa morto há dois anos. Ele teria cobrado R$ 2 milhões para assinar um contrato de venda de terrenos em Botafogo que já havia sido aprovado pelo órgão colegiado da instituição. Recebeu o codinome de "Gás Sagrado" da empresa.
"Sagrado por causa da Santa Casa. Gás porque o dr. Zarur, apesar de ter 80 e tantos anos, tinha um gás para o trabalho... Chegava cedo, saía tarde", disse Antônio Pessoa de Souza Couto, diretor-superintendente da Odebrecht Realizações no Rio.
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